O nome deste mês da coluna "Poetas de Pedra" é o maior representante da cultura afro entre todos os poetas já apresentados: Francisco Solano Trindade. Ele nasceu em 24 de julho de 1908 e era filho da doméstica Emereciana com o sapateiro Manoel, que lhe apresentou a cultura através de sua participação em atividades artísticas e folclóricas. Por incentivo da mãe, que era analfabeta, Solano se interessou pela leitura, que futuramente lhe levaria para a literatura.
Na década de 1940, Solano transitou pelo Brasil, vivendo em cidades como Belo Horizonte, Porto Alegre e Rio de Janeiro, sempre participando de eventos de exaltação a cultura afro. É nesse período que ele lança sua segunda obra: "Poemas d'uma vida simples", de 1944. O livro recebeu crítica positiva.
Solando Trindade era inquieto e na década seguinte migrou do Rio de Janeiro para São Paulo. Lá desenvolveu outros projetos artísticos na cidade de Embu. A revolução foi tão grande que mais tarde o município mudou de nome, se transformando em "Embu das Artes". Em 1961, saiu o último trabalho do recifense em vida: "Cantares ao meu povo". A idade fez Trindade diminuir o ritmo. Uma pneumonia encerrou a brilhante vida do artista, em 1974, no Rio de Janeiro.
Fonte: Livro "O Poeta do Povo" (Cantos e Prantos Editora, 1999), de Raquel Trindade.
Fotos: George Luiz / G News Blog
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