Se tivesse dedicado sua vida apenas a arte da poesia, Joaquim Cardozo já teria deixado um legado imenso, mas o recifense nascido em 26 de agosto de 1897 foi bem mais além, como a gente mostra na edição deste mês da coluna "Poetas de Pedra". Filho de José Antônio Cardozo e Elvira Moreira Cardozo, Joaquim mostrou a veia literária na fase estudantil, durante sua passagem pelo lendário Ginásio Pernambucano.


Voltando a atuar no mercado editorial, Joaquim Cardozo integrou a equipe da Revista Módulo, atuando na direção e no Conselho. Foi nessa passagem que conheceu o arquiteto Oscar Niemeyer, com quem construiu uma forte parceria. Antes da união profissional, no entanto, Cardozo ainda teve tempo de se dedicar a docência, sendo um dos professores da Escola de Engenharia do Recife e fundando a Escola de Belas Artes na capital pernambucana.

Com tantos bons serviços prestados ao mundo arquitetônico, o também poeta recebeu diversas homenagens, entre elas, os títulos de sócio benemérito do Instituto de Arquitetura do Brasil (IAB-PE) e Doutor Honoriscausa, pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). À instituição, inclusive, o recifense deixou sua biblioteca, com cerca de 7 mil livros. Joaquim Cardozo morreu no dia 4 de novembro de 1978, na cidade de Olinda.

A escultura em tamanho real de Joaquim Cardozo foi produzida pelo artista plástico Demétrio Albuquerque, está localizada na Ponte Maurício de Nassau, que liga os bairros de Santo Antônio e o Bairro do Recife, e faz parte do projeto "Circuito da Poesia", promovido pela prefeitura da capital pernambucana.
Fontes: Fundação Joaquim Nabuco e Cepe Editora.
Fotos: George Luiz / G News Blog
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