POETAS DE PEDRA - MANUEL BANDEIRA


    Recifense nascido em 19 de abril de 1886, Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho viveu parte da juventude circulando entre os estados de Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo, onde inciou o curso de arquitetura na Escola Politécnica. Chegou a trabalhar na Estrada de Ferro Sorocabana, onde seu pai também trabalhava. Aos 18 anos foi diagnosticado com tuberculose e foi para a Suíça, se internando no Sanatório de Clavadel em busca de tratamento. Após a cura, começou a se dedicar a literatura e publicou seu primeiro livro: "A Cinza das Horas", de 1917. A obra era repleta de poemas com influência parnasiana e simbolista.


   Em 1919, Manuel Bandeira lançou seu segundo livro: "Carnaval". Na década seguinte, se aproximou do modernismo. Por intermédio do escritor Mário de Andrade, começou a colaborar para a revistas modernistas como "Klaxon", "Lanterna Verde", "A Revista", entre outras. Em 1922, Bandeira participou de um dos eventos artísticos mais importantes da história do Brasil: A Semana de Arte Moderna, ocorrida em São Paulo entre os dias 12 e 18 de fevereiro. Seu poema "Os Sapos" foi lido na "Semana de 22" por Ronald de Carvalho e recebeu críticas dos participantes. Na obra, o poeta zombava das métricas e rimas dos poemas parnasianos.


   Nos anos 1920, o escritor se dividiu entre a publicação dos seus livros de poesia, como "Ritmo Dissoluto", de 1924, e a produção de colunas para jornais. A partir da segunda metade da década, Bandeira se tornou crítico de música e cinema. A fase do anos 1930 foi de mais conquistas para o recifense. A obra "Libertinagem" trazia os grandes poemas da carreira de Manuela Bandeira. Eram eles: "Evocação ao Recife" e "Vou-me Embora pra Pasárgada". Os textos destacavam momentos da vida do poeta, que também passou a se dedicar a docência, ensinando literatura no Colégio Pedro II.


   Os anos 1940 foram de consagração definitiva para Manuel Bandeira. Além de receber prêmio do Instituto Brasileiro de Educação e Cultura, pelo conjunto da obra, ele foi eleito imortal da Academia Brasileira de Letras e passou a ocupar a cadeira de número 24, sucedendo Luís Guimarães Filho. Entre suas obras nesse período, estão "Noções de História das Literaturas", "Lira dos Cinquenta Anos", "Belo, Belo", "Mafuá do Malungo" e "Literatura Hispano-Americana". Em meados dessa década, Bandeira também integrou a equipe docente da Faculdade Nacional de Filosofia, onde ensinava sobre Literatura Hispano-Americana e se aposentou.


   Em seus últimos anos de vida, o escritor produziu mais obras de estilos como poesia, prosa, crítica, antologia e tradução. Manuel Bandeira morreu aos 82 anos, vítima de uma hemorragia gástrica, no dia 13 de outubro de 1968, no Rio de Janeiro. Anos mais tarde, a casa em que o poeta viveu no Recife, dos seis aos dez anos, se transformou em um museu e passou a se chamar "Espaço Pasárgada". A escultura em tamanho real do escritor recifense foi produzida pelo artista plástico Demétrio Albuquerque e está  localizada na Rua da Aurora, em frente à antiga sede da Assembleia Legislativa de Pernambuco, na região central do Recife.   

Fontes: Sites "Releituras", "Ebiografias" e "Toda Matéria".
Fotos: George Luiz / G News Blog

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