Quando esse blogueiro estava no terceiro ano de faculdade, houve o que era chamado de "Aula-Espetáculo" do mestre Ariano no Teatro da Universidade Federal de Pernambuco. Infelizmente, naquela ocasião o trabalho me impossibilitou comparecer: Uma pena. Hoje é possível assistir muitos bate-papos nos "YouTubes" da vida. E vale a pena... Além da inteligência impar deste paraibano, quem conferir as palestras vai dar boas risadas.
Seu nome de batismo era Ariano Vilar Suassuna e ele nasceu em 1927, na cidade de Parahyba, que três anos depois, em 4 de setembro de 1930, passou a se chamar João Pessoa. Filho do ex-governador da Paraíba, João Suassuna, Ariano perdeu o pai com apenas três anos, quando ele foi assassinado no Rio de Janeiro, em 9 de outubro de 1930, durante uma Revolução. Com a perda, toda a família se transferiu para a cidade de Taperoá. Lá viveu entre os anos de 1933 e 1937.
Em 1942, Ariano Suassuna chegou ao Recife, cidade que adotaria e passaria toda a vida. Aos 19 anos, deu início a faculdade de Direito. Nessa época, já começava a escrever. Em 1947 produziu sua primeira peça, intitulada "Uma mulher vestida de Sol". Naquele fim de década, ele passou a criar, em média, uma obra por ano. Já formado, Suassuna voltou a Taperoá brevemente, se dedicando a advocacia.

Na década seguinte, mais precisamente em 18 de outubro de 1970, lançou o "Movimento Armorial", que valorizava a cultura e as tradições da região. Entre 1975 e 1978, Ariano se tornou secretário de Cultura da Prefeitura do Recife. Na década de 80, a obra "Auto da Compadecida" foi lançada na Alemanha e ganhou versão para o cinema. Foi eleito para Academia Brasileira de Letras em 1989, tomando posse da cadeira 32 no ano seguinte.

O escritor, dramaturgo e poeta morreu aos 87 anos, no dia 23 de julho de 2014, vítima de parada cardíaca, em um hospital da região central do Recife. O velório aconteceu no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo pernambucano, e o corpo de Ariano Suassuna foi enterrado no Cemitério Morada da Paz, também na Grande Recife.

Fontes: Brasil Escola, Academia Brasileira de Letras, Instituto Miguel Arraes e G1.
Fotos: George Luiz / G News Blog
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