ARTE HOMENAGEIA ARTE NO RECIFE

 


   Quem passeia pela orla da Praia de Boa Viagem, na zona sul do Recife, com certeza conhece os seis postos de salva-vidas que existem no local. Pois bem, os equipamentos receberam uma "decoração" especial em setembro do ano passado. Trata-se do projeto "Salva-Arte Cores Inclusivas". Nele, seis artistas plásticos homenagearam seis ritmos musicais populares de Pernambuco através de pinturas alusivas a cada um deles. O "Salva-Arte" foi coordenado pela Secretaria de Turismo do Recife, Nuvem Produções e apoio da Copergás. Conheça cada um dos trabalhos:

   Manguebeat - Mistura de ritmos como hip-hop, rock, funk com o maracatu pernambucano, o movimento surgiu na década de 1990 no Recife e teve como seu principal expoente o cantor Chico Sciense (Morto prematuramente em um acidente de automóvel no ano de 1997). Ele, inclusive, é um dos retratados no mural produzido pelo grafiteiro pernambucano Jota ZerOff. O posto dedicado ao Manguebeat está localizado próximo ao Parque Dona Lindu.    






   Brega - O ritmo tornou-se popular nas ruas do Recife na década de 1960 e mesclava o estilo da "Jovem Guarda" com as canções românticas executadas nas serestas. Com a popularização da música, ídolos locais surgiram, como Reginaldo Rossi (Considerado rei do estilo). Com o tempo, o ritmo se inovou e recebeu elementos de outros ritmos, voltando a se popularizar nas  periferias da cidade. Confira as ilustrações do grafiteiro Abròs.  O posto está localizado no trecho em frente ao edifício Maria Angela Lucena. 






  Ciranda - A pernambucana Lanah Maia foi a responsável por retratar a Ciranda. O estilo é um dos mais populares do estado e, segundo historiadores, surgiu na Ilha de Itamaracá, no litoral norte de Pernambuco. Por outro lado, existem pesquisadores que apontam que o ritmo surgiu em Portugal. As músicas cantadas pelas mulheres recebem instrumentos de percussão, como maraca, zabumba, entre outros. A sua característica principal é a dança, que foi inspirada nas ondas do mar. O posto em homenagem ao ritmo fica no encontro da Avenida Boa Viagem com a Rua Bruno Veloso.






   Frevo - O mais conhecido dos ritmos pernambucanos surgiu nas ruas do Recife no século XIX. Musicalmente, é composto pela mistura de gêneros como polca, dobrado e maxixe. Seu nome tem origem no verbo "ferver" e a dança tem elementos da capoeira. Em 2012, o ritmo se tornou Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. O reconhecimento veio da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura. O posto em homenagem ao frevo foi pintado pelo artista plástico Jeff Alan e está localizado de frente ao edifício Mirante - 2682.







   Coco de Roda - Outro ritmo do estado, ele surgiu nos engenhos de cana de açúcar, no século XVIII. Com elementos das culturas africanas e indígenas, o coco de roda tem como características a poesia e as expressões corporais. O trabalho no posto foi realizado pela artista visual Jade Matos e poder ser conferido na frente do 2º Jardim de Boa Viagem.







   Maracatu - De origem afro-brasileira, o ritmo surgiu em Pernambuco no século XVIII como um ritual religioso. Com o tempo, se tornou um símbolo do Carnaval pernambucano. De acordo com a batida, pode ser classificado como "Maracatu Nação de Baque Solto" ou "Maracatu Rural de Baque Virado". Para quem quiser conferir o trabalho feito pelo pernambucano Max Motta, o posto está localizado em frente ao edifício Beiramar.







Fotos: George Luiz / G News Blog

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