OPINIÃO: É PRECISO DESENHAR COM "CANETAS CARAS"

   Há acontecimentos no Brasil que nos fazem desistir de acreditar que um dia seremos uma nação de primeiro mundo. Costumamos dizer que tá mais fácil o país cair para o quarto ou quinto mundo do que avançar no status atual. Como exemplo de tal premissa, destacamos o que acontece na Praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife.

   Em menos de 15 dias, o trecho no entorno da Igreja de Nossa Senhora de Piedade, também conhecida como "Igrejinha" pela comunidade local, registrou dois casos de ataque de tubarão. No estado, desde 1992, aconteceram 68 ataques, segundo dados do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarão, o Cemit. Destes, 26 terminaram com o óbito das vítimas. O município de Jaboatão é o segundo em número de casos, só perdendo para Recife por um placar de 25 a 27, respectivamente.

   No último caso, registrado no domingo (25), a vítima teve ferimentos na parte posterior da coxa e nádegas, sendo levada para o Hospital da Restauração, na região central do Recife. O homem de 32 anos estava na parte rasa da praia e chegou a ser alertado por comerciantes do local sobre os perigos, mas preferiu pagar pra ver: A conta até saiu barata. O penúltimo atacado não teve a mesma sorte.

   Após essa longa introdução, você há de perguntar: Porque a indignação?? É que com tantos registros, muito próximos, inclusive, é necessário que as autoridades tenham que intervir para que as pessoas tomem consciência do quão perigoso é frequentar aquele local. Desde o início desta semana, policiais tomam conta da região. O trecho foi interditado com toda pompa e circunstância quando só precisava que a população por conta própria se policiasse. Na imagem que você confere abaixo, guardas municipais fazem vigília (Chegamos a contar dez no mesmo local - Pessoal que poderia estar monitorando as ruas da cidade).

   E porque acontece isso?? Porque o brasileiro tem a eterna mania de esperar a porta de casa ser arrombada pra "meter" um cadeado na dita cuja. Imagine o custo de se manter equipes fazendo vigilância na praia (Num momento em que os esforços financeiros devem ser migrados para outro problema - a pandemia do coronavírus). Mas é preciso fazer, caso contrário será um ataque diário, com a população entrando no mar "a torto e a direito".

   É mais ou menos como acontece durante a pandemia. Governo tendo que fechar tudo para frear a transmissão do vírus quando bastava apenas que as pessoas tomassem os mínimos cuidados sugeridos pelas autoridades de saúde. Mas, enfim... Que sejam aplicadas as placas de informação e advertência do perigo (Mais do que já existem) - De preferência, uns outdoors gigantes, pra ver se as pessoas tomam alguma precaução.

Fotos: George Luiz / G News Blog 

Vídeo: Reprodução / Twitter  

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