TOP SEVEN - Apontamento de Notícias (27 de Janeiro a 2 de Fevereiro)

CORPO DE WAGNER MONTES É CREMADO NO RJ

   Em cerimônia reservada a família e amigos, o corpo do comunicador e deputado estadual Wagner Montes (Foto) foi cremado, no domingo (27), no Cemitério da Penitência, no Rio de Janeiro. Ele morreu, aos 64 anos, no sábado, após dois meses de internação, por complicações de uma infecção urinária. O velório ocorreu na Assembleia Legislativa do Rio e foi aberto ao público. Nascido Zenóbio da Costa e Silva, ele era carioca e se formou em direito pela Universidade Gama Filho. Nos anos 70 iniciou a carreira de jornalista na Rádio Tupi. Depois migrou para a televisão, com passagens pela TV Tupi e SBT. Desde 2003 estava na RecordTV Rio, onde apresentava programas policiais. Também se tornou deputado estadual pelo PRB, com três mandatos consecutivos. Nas eleições de 2018, Montes foi eleito deputado federal pela primeira vez e assumiria seu mandato em fevereiro. Entre os fatos mais marcantes de sua vida, está o acidente de triciclo, em 1981, que culminou com a perda da perna direita.

PRESIDENTE PASSA POR CIRURGIA EM SP

   Jair Bolsonaro foi submetido a cirurgia de retirada da bolsa de colostomia, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, na segunda-feira (28). O presidente havia se internado no domingo para fazer exames pré-operatórios. O procedimento teve início por volta das 6h30 e durou cerca de 3 horas. A retirada da bolsa é o último passo da recuperação de Bolsonaro, que sofreu uma facada enquanto fazia passeata em Juiz de Fora, no dia 6 de setembro, quando ainda era candidato à presidência. Por 48 horas, o vice-presidente Hamilton Mourão assumiu o controle do país interinamente. A expectativa é que Bolsonaro fique internado por 10 dias. Devido a longevidade da internação, uma sala de trabalho foi montada, no mesmo andar do quarto, para que o presidente pudesse receber sua equipe e despachar normalmente após os dois dias de repouso total.

BRUMADINHO: CINCO FUNCIONÁRIOS DA VALE SÃO PRESOS

   A Polícia cumpriu, na terça-feira (29) cinco mandados de prisão temporária, expedidos pela juíza federal Perla Saliba Brito, de três funcionários da mineradora Vale e dois responsáveis pelo licenciamento da barragem da Mina Córrego do Feijão, que se rompeu quatro dias antes. Em sua sentença, a magistrada da comarca de Brumadinho, cidade mais atingida pela lama de rejeitos, concluiu que havia meios de antever e evitar a tragédia. Três prisões ocorreram na sede da Vale, em Nova Lima, e outras duas aconteceram na empresa que prestou serviço a mineradora, em São Paulo. Foram presos: Os gerentes da Vale Ricardo de Oliveira, Cesar Augusto Paulino, Rodrigo Artur Gomes Melo e os engenheiros André Jum Yassuda e Makoto Manba. No mesmo dia, a Vale anunciou o fim das barragens e paralisa as atividades em 10 minas. Os números oficiais atualizados da tragédia são de 121 mortos, sendo 71 identificados, e 226 desaparecidos. Além disso, 116 pessoas estão desabrigadas.

STF AUTORIZA SAÍDA DE LULA PARA ENTERRO DO IRMÃO EM SP

   O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, concedeu, na quarta-feira (30), o habeas corpus para que o ex-presidente Lula fosse até São Paulo, para encontrar familiares do irmão, Genival Inácio da Silva (Foto), morto devido a um câncer na terça-feira. O pedido de comparecimento ao enterro do irmão havia sido feito logo após a morte de Vavá, mas foi negado pela juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Criminal federal de Curitiba. O HC também foi negado pelo desembargador Leandro Paulsen, do Tribunal Regional da 4ª Região (TRF-4). Eles seguiram a recomendação da Polícia Federal, que havia afirmado não ter tempo hábil para preparar a logística de transporte de Lula. Toffoli autorizou a ida do petista quando o enterro já acontecia. Ele definiu que o ex-presidente teria o direito de se encontrar com os familiares em uma unidade militar em São Bernardo do Campo. Lula, por fim, decidiu não deixar a prisão, onde está desde 7 de abril de 2018.

APAGÃO DEIXA UM MILHÃO ÀS ESCURAS EM SP

   Um blecaute com cerca de uma hora, na quinta-feira (31), deixou um milhão de moradores sem energia elétrica na zona leste e no ABC Paulista, em São Paulo. O incidente aconteceu por volta das 20h30, quando subestações da ISA CTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista) foram desligadas. A ação, que aconteceu após um princípio de incêndio, interrompeu a distribuição e causou o "apagão". A equipe da Enel Distribuição conseguiu reverter a situação e a energia foi restabelecida por volta das 21h45. Foram afetados os bairros de Vila Prudente, Mooca, Tatuapé, Guaianazes, Cidade Tiradentes, São Mateus, São Bernardo do Campo e Santo André.

RODRIGO MAIA É REELEITO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS

   No primeiro dia da nova legislatura, na sexta-feira (1), a Câmara dos Deputados realizou a eleição para a presidência da casa. Líder da instituição desde julho de 2016, Rodrigo Maia (DEM-RJ-Foto) foi reeleito para o terceiro mandato, que termina em janeiro de 2021. Na votação, o deputado recebeu 334 votos. Fábio Ramalho (MDB-MG) teve 66 votos, seguido de Marcelo Freixo (PSOL-RJ), com 50, JHC (PSB-AL), 30, Marcel Van Hattem (Novo-PR), 23, Ricardo Barros (PP-PR), 4, e o General Peternelli (PSL-SP), com 2. Foram registrados também 3 votos em branco. Maia era o candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro e seu partido, o PSL, é deputado federal pelo Rio de Janeiro desde 1998 e foi eleito, para o sexto mandato consecutivo, no pleito de outubro. Em seu discurso após a vitória, ele afirmou que a casa deve ser modernizada e voltou a defender as reformas.

SENADORES FAZEM SESSÃO PARA ESCOLHER PRESIDENTE

   Adiada em um dia, a sessão que elegerá o novo presidente do Senado acontece desde a manhã deste sábado (2), em Brasília. O alagoano Renan Calheiros (MDB-AL), favorito na eleição, tentou comandar a casa pela quinta vez. Ele disputou o cargo com outros seis candidatos. Inicialmente marcada para a sexta-feira, a sessão foi marcada por bate-boca e confusão entre Renan e o candidato defendido pelo ministro Onyx Lorenzoni, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Calheiros é alvo da operação "Lava Jato", com 18 inquéritos abertos contra si no Supremo Tribunal Federal e teve a candidatura contestada. Uma manobra feita por Alcolumbre definiu que a votação seria aberta por 50 votos a 2, diferente do que rege o artigo 60 do regimento do Senado, que prevê o voto secreto. Na madrugada do sábado, o presidente do STF, Dias Toffoli, anulou a decisão, mantendo o voto secreto. A votação aconteceu após os discursos dos candidatos e de senadores inscritos previamente. Durante a apuração, Renan Calheiros retirou a candidatura e Alcolumbre foi eleito com 42 votos.  

Fontes: Uol, Folha de São Paulo, Ig, G1.
Fotos: Wagner Montes (Reprodução); Genival Inácio da Silva e Lula (Reprodução), Rodrigo Maia (Pedro Ladeira / Folhapress).

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