OPINIÃO: LUTAR POR RESPEITO, COM RESPEITO


Quem passou pelos arredores do Parque Dona Lindú e da Avenida Boa Viagem, no último domingo, teve a impressão de estar num carnaval fora de época. Na verdade, se tratava da 10° edição da Parada da diversidade. Não foi difícil ver pessoas fantasiadas, além dos próprios transformistas, comboios de pessoas com roupas minúsculas e, até mesmo, palavreado chulo gritado em alto e bom som.

Uma passeata que exige respeito à “classe” deve ter o mesmo respeito por quem não segue a tendência defendida. Sair pelas ruas gritando imoralidades e agredindo os conservadores não é o melhor caminho para quem quer mostrar que existe civilidade nas pessoas que gostam do mesmo sexo (e que isso pouco importa quando a educação vem de berço).

A parada da diversidade ainda não detém o caráter de uma passeata por direitos. Alguns aproveitam o vai e vem de homens e mulheres, muitos deles com pouquíssima roupa, para se “atracarem” ali mesmo, como se isso fosse necessário para mostrar que é normal nos dias de hoje este tipo de relacionamento (É claro que não é regra, mas por causa de uns, todos pagam).

Lutar pelos direitos sim, mas fazer de um evento que leva milhões de pessoas às ruas, tanto em Pernambuco quanto nos demais estados, um ponto de “pegação” e motel a céu aberto é ir contra os valores morais e éticos convencionais, sendo assim, é inválido para ser considerado importante pelos que não seguem a mesma opinião.

Para chegar ao êxito desta batalha, os homossexuais devem lembrar sempre aquela velha e celebre frase: O respeito se conquista com respeito. Nada mais.

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