NOTAS DA SEMANA-CASO ISABELLA:CASAL É CONDENADO

Terminou o julgamento do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. A sentença foi divulgada às 00h40 do sábado pelo juiz Maurício Fossen. Antes de finalizar, o juiz agradeceu a todos que participaram do julgamento, em seguida anunciou a decisão dos jurados, que decidiram que o casal é culpado pela morte de Isabella. A leitura da sentença foi transmitida por estações de rádio. Considerando todos os crimes a que foram indiciados e julgados, Alexandre Nardoni foi condenado há 31 anos, 1 mês e 10 dias de prisão. Anna Carolina Jatobá foi condenada a 26 anos e 8 meses de prisão. O advogado de defesa pode entrar com recurso para anular o julgamento ou diminuir a pena, o que, para o promotor, será difícil conseguir.

O julgamento mais aguardado dos últimos dois anos no Brasil começou na segunda-feira (22). Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foram a júri popular pelo assassinato da garota Isabella Nardoni. O julgamento foi acompanhado por centenas de pessoas que se revezavam na frente do fórum, localizado na cidade de Santana, zona norte de São Paulo. O júri foi formado por quatro mulheres e três homens, que foram sorteados no primeiro dia de julgamento. Todos os jurados nunca participaram de um julgamento. De um lado, o promotor Francisco Cembranelli, que desde o primeiro momento, defendia a tese de que os dois foram os culpados, tese essa que foi se confirmando à medida que os laudos periciais eram divulgados. Do outro lado, o Advogado do casal, Roberto Podval, que iria tentar desqualificar as provas da perícia.

Ao longo de cinco dias de julgamentos, peritos, testemunhas, a mãe da garotinha e os próprios réus foram ouvidos. No primeiro dia, o depoimento da mãe, Ana Carolina Oliveira, comoveu com a emoção ao falar da filha. Já no segundo dia, um dos peritos chegou a mostrar imagens do corpo da menina no tribunal, a cena teria causado mal estar, principalmente nos avós de Isabella. Com a ajuda de Maquetes, o promotor explicou, segundo a perícia, toda a imagem do crime. No quarto dia, os réus foram ouvidos e testemunhas foram liberadas pelo advogado de defesa, o que adiantou o fim do julgamento.

O promotor Francisco Cembranelli nunca teve dúvida da culpa do casal

Ao fim de todo o processo, os jurados foram levados para uma sala secreta, que fica ao lado do plenário, onde responderam ao questionário que decidiu a sentença dos réus. As perguntas abaixo fizeram parte do questionário.
1. A esganadura causou a morte de Isabella Nardoni? Ela foi lançada pela janela?2. Alexandre Nardoni deixou de socorrê-la durante a esganadura? Foi ele quem a jogou desmaiada pela janela?
3. O jurado absolve o réu?
4. O crime foi cometido de forma cruel (esganadura)? O crime foi cometido de forma cruel lançamento pela janela)?
5. Houve emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima durante a esganadura? Houve emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima durante o lançamento pela janela?
6. O crime foi cometido para esconder a esganadura?
7. O crime foi cometido contra menor de 14 anos?
8. O local do crime foi alterado?
9. Eles lavaram a roupa para impedir a coleta de provas?
10. Ele fez isso para se eximir da culpa?
11. O jurado absolve o réu?

Ocorrido no dia 29 de março de 2008 no edifício London, localizado no bairro da vila Guilherme, em São Paulo. O fato parecia apenas mais um caso de violência até o momento em que o pai Alexandre Nardoni e a madrasta Ana Carolina Jatobá se transformaram nos principais suspeitos pelo acidente.
Logo após a queda, policiais chegaram ao local e no primeiro momento, Alexandre teria dito que havia uma pessoa dentro do apartamento e teria arremessado a menina enquanto ele descia para buscar os dois outros filho, um de onze meses e o outro de três anos que estavam com Ana Carolina no estacionamento do prédio, também teria comentado sobre a falta de segurança no prédio, mesmo sendo levada pelos bombeiros ao hospital, a garota não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho. Nos dias seguintes ao acontecido, o caso ganhou repercussão no Brasil inteiro.

Comentários