TOP SEVEN (3 a 9 de Agosto de 2025)

NOVOS ATOS PRÓ-BOLSONARO SÃO REALIZADOS PELO BRASIL

   Mais uma vez, aliados e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro foram às ruas, no domingo (3), para declarar apoio ao político. Pelo menos 16 capitais brasileiras e o Distrito Federal registraram manifestações. Na pauta, estiveram críticas ao Supremo Tribunal Federal, ataques ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, pedidos de anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023 e defesa do impeachment do ministro Alexandre de Moraes. O ato intitulado "Reaja Brasil" teve maior concentração de manifestantes na capital do país, no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde cerca de 35 mil pessoas ocuparam parte da Avenida Paulista. A mobilização não contou com a presença do ex-presidente, impedido de sair de casa nos finais de semana após medida cautelar que lhe impôs o uso de tornozeleira eletrônica. Além de Bolsonaro, estiveram ausentes aliados, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

MORAES DECRETA PRISÃO DOMICILIAR DE BOLSONARO

   O ministro do Supremo Tribunal federal decretou a prisão domiciliar do ex-presidente na segunda-feira (4). De acordo com Alexandre de Moraes, Jair Bolsonaro (Foto) havia descumprido a medida cautelar que o proibia de utilizar redes sociais dele e de terceiros. No dia anterior, o político gravou um vídeo, que foi postado nas redes dos filhos, em que agradeceu os apoiadores pela participação nos atos em sua defesa que aconteceram por todo o Brasil. Além do recolhimento total (A restrição anterior se limitava a 12 horas diárias e finais de semana), Moraes determinou a realização de busca e apreensão na casa de Bolsonaro e outras medidas cautelares, como a proibição de visitas, exceto de advogados, e a utilização de celulares no interior do imóvel, inclusive de terceiros. Ao longo da semana, o STF autorizou encontros de aliados políticos e familiares. Todas as medidas fazem parte do inquérito em que Eduardo Bolsonaro é investigado por sua atuação nos Estados Unidos para promover retaliação contra o governo brasileiro e a Suprema Corte. A investigação apura participação do ex-presidente no envio de recursos para bancar a "missão" no exterior.

OPOSIÇÃO PROMOVE "OBSTRUÇÃO" NO CONGRESSO NACIONAL

   Parlamentares de oposição ao governo realizaram atos de "obstrução" das atividades da Câmara dos Deputados (Foto) e do Senado Federal, na terça-feira (5). O grupo tentava pressionar a votação nas casas legislativas de projetos de anistia aos envolvidos nos ataques aos Três Poderes ocorridos em 8 de janeiro de 2023, fim do foro privilegiado para parlamentares e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Deputados e senadores se revezaram na ocupação das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, impedindo as votações no retorno do recesso de ambas as instituições. No primeiro dia, os presidentes Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) chegaram a cancelar as sessões e anunciaram uma reunião com lideranças para o dia seguinte. O senador Magno Malta (PL-ES) chegou a se acorrentar à mesa para impedir o andamento dos trabalhos. Por outro lado, parlamentares da base governista criticaram a mobilização que causaram atraso na votação de temas importantes, como a isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil. O motim foi encarrado no dia seguinte com ameaças de suspensão aos envolvidos nos atos.

"TARIFAÇO" DOS EUA CONTRA O BRASIL ENTRA EM VIGOR   

   Começou a valer, na quarta-feira (6), a tarifa de 50% para exportações de centenas de produtos brasileiros para os Estados Unidos. O reajuste na alíquota brasileira havia sido anunciado em 9 de julho. Na ocasião, o presidente Donald Trump alegou que os acordos comerciais entre os dois países eram uma "relação comercial injusta". Ele chegou a ameaçar o país com novos reajustes caso houvesse retaliação. Dias antes da entrada em vigor das medidas, o governo norte-americano recuou na taxação de 694 itens. Dentre os produtos que ficaram de fora do benefício, estão café, carnes e frutas. Sem ter espaço aberto para negociações, o Brasil buscou novos mercados. De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dos 4% de exportações afetadas pelo "Tarifaço", 2 % já tinham destino alternativo. Ainda na quarta-feira, o governo brasileiro apresentou um pedido de consultas aos Estados Unidos dentro do Sistema de Soluções de Controvérsias da Organização Mundial do Comércio (OMC), alegando que o país viola compromissos assumidos com a instituição. Apesar das incertezas diante das negociações, o mercado financeiro se manteve estável no primeiro dia das novas tarifas. O dólar fechou em queda, a R$ 5,46, e a Bolsa de Valores subiu, com a máxima de 134.750 pontos.

AVIÃO FAZ POUSO EMERGENCIAL POR AMEAÇA DE BOMBA NO DF

   A aeronave da Gol viajava de São Luís, no Maranhão, para Campinas, em São Paulo, quando precisou fazer um pouso de emergência no Aeroporto Internacional de Brasília, na noite da quinta-feira (7). De acordo com nota emitida pela companhia, a interrupção da viagem ocorreu "devido questões de segurança envolvendo ameaça de artefato a bordo", após um bilhete ser encontrado no compartimento de cargas com a informação de que haviam explosivos no equipamento. Ao aterrissar, os 170 passageiros e os tripulantes do voo AD4816 desembarcaram em segurança e uma varredura antibombas foi realizada pela Polícia Federal. Por volta das 2h45, a corporação divulgou que não havia constatado presença de bomba no avião. A Inframerica, consórcio que administra o terminal, afirmou que o contratempo não afetou os pousos e decolagens previstos. A PF vai investigar a autoria da ameaça.

GOVERNO ANUNCIA VETO PARCIAL EM LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

   A edição extra do Diário Oficial da União publicou, na sexta-feira (8), o veto parcial do governo federal ao projeto de lei que cria o novo licenciamento ambiental. Dos mais de 400 dispositivos que compõem a legislação, aprovada em julho pelo Congresso Nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou 63. Os vetos foram decididos após uma reunião com ministros dois dias antes. Em sua decisão, Lula afirmou que os vetos tiveram como base quatro diretrizes: "Garantia de integridade do processo de licenciamento ambiental", "Segurança jurídica aos empreendimentos licenciados e aos investidores responsáveis", "Segurança dos direitos dos povos indígenas e das comunidades quilombolas" e "Incorporação de inovações que tornem o licenciamento mais ágil, sem comprometer a sua qualidade". Após a análise do documento, o governo editou uma Medida Provisória para que a Licença Ambiental Especial passe a valer imediatamente. Os vetos serão analisados pelo Congresso e poderão ser mantidos ou derrubados. 

CORPO DE ARLINDO CRUZ É VELADO NO RJ

   O velório do corpo do sambista teve início na tarde do sábado (9), na quadra da escola de samba Império Serrano, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Aberto ao público, a despedida contou com a presença de familiares, amigos e fãs do artista. Arlindo Cruz (Foto) havia falecido no dia anterior, aos 66 anos, no hospital Barra D'Or, vítima de falência múltipla de órgãos. A saúde do compositor vinha se deteriorando desde o acidente vascular cerebral hemorrágico sofrido em 2017. Na época, Cruz passou mais de um ano internado e teve sequelas graves que o prenderam a uma cadeira de rodas. Arlindo Domingos da Cruz nasceu em 14 de setembro de 1958, no Rio, e começou a tocar cavaquinho aos 7 anos. Cresceu em meio ao samba e chegou a cursar teoria musical e violão clássico. Viveu por um curto período em Minas Gerais, onde começou a participar de festivais. De volta ao Rio, tocou com grandes nomes do samba e integrou o grupo "Fundo de Quintal'. Depois de 15 anos, fez dupla com Sombrinha e, logo em seguida, iniciou a carreira solo. De acordo com a equipe do músico, Arlindo Cruz compôs mais de 550 músicas, incluindo sambas enredos. O artista deixou três filhos: Arlindinho, Flora Cruz e Kauan Felipe.

Fontes: Uol, G1, Ig, CNN Brasil e Terra.

Fotos: Jair Bolsonaro (Reprodução); Câmara dos Deputados (José Cruz / Agência Brasil); Arlindo Cruz (Reprodução / Instagram).

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