Alô colecionadores amigos, chegamos para mais uma coluna "Coleções". Esse mês, a gente fala do furacão baiano que reinou absoluta durante toda a década de 90. Quem não passou um carnaval na vida pulando ao som de "Swing da Cor", "Canto da Cidade", "Rapunzel", entre outros clássicos da folia brasileira. Pois bem, a nossa estrela da coluna hoje é Daniela Mercuri de Almeida Verçosa, a Daniela Mercury, e seus 17 álbuns.
DÉCADA DE 90
Prestes a completar 30 de carreira solo, vamos dividir a coleção em três fases. Nessa primeira, destacaremos os discos lançados na década de 90. A baiana havia saído da Banda "Companhia Clic" quando foi convidada a lançar seu primeiro disco, pela gravadora Eldorado. O álbum saiu em 1991 e tinha como "carro-chefe" a música "Swing da Cor", responsável pela explosão da cantora no cenário nacional.
O sucesso do disco levou Daniela a assinar com a Sony Music. Pela gravadora, lançou "O Canto da Cidade" em 1992. Além da faixa título do disco, a obra tem uma coleção de hits: "Você Não Entende Nada", "O Mais Belo dos Belos" e "Só Pra te Mostrar", com participação de Herbert Viana. O álbum foi importante para consagrar a cantora. Em 1994, a parceria com a Sony gerou o projeto "Música de Rua" e mais um "punhado" de clássicos no repertório de Daniela: "Vulcão da Liberdade", "O Reggae e o Mar", "Por Amor ao Ilê", entre outros.
Elogiada pela belíssima regravação de "A Primeira Vista", do paraibano Chico César, e dos clássicos "Nobre Vagabundo" e "Rapunzel", Daniela Mercury foi sucesso de vendas com o disco "Feijão com Arroz", em 1996. O trabalho, inclusive, tem uma das mais belas capas da discografia da cantora. Em 1998, a artista se despediu da Sony Music com um álbum ao vivo, intitulado "Elétrica", em que revisitou todos os seus sucessos (e lançou mais alguns). Das inéditas, destacamos "Festeira" e "Trio Metal".
DÉCADA DE 2000
"Sol da Liberdade", de 2000, foi o álbum de estreia de Daniela Mercury na BMG Ariola. O disco trouxe sucessos como "Ilê Pérola Negra" e "Santa Helena". O primeiro virou hit nas rádios de todo o país e tinha a pegada "agitada" da baiana. No trabalho seguinte, porém, a cantora veio mais "light". "Sou de qualquer lugar" é um dos discos mais calmos de Daniela. Também trouxe uma mesclagem de ritmos e continha grandes regravações, como "Mutante" e "A Praieira". Destaque também para as canções "Estrelas" e "Beat Lamento". Houve renovação até no visual da cantora.
Em 2003, Daniela Mercury lançou "Eletrodoméstico - MTV Ao Vivo". Gravado em Salvador, o trabalho (Que também saiu em DVD) contou com a participação de grandes nomes das música nacional - Carlinhos Brown e Olodum - e internacional - Jovanotti, Rosario Flores e Dulce Pontes. O desejo de se reinventar nessa nova fase ficou mais evidente em "Carnaval Eletrônico", de 2004. No disco, Daniela fez parceria com Djs e lançou o sucesso "Maimbê Dandá", de composição de Carlinhos Brown e Mateus Aleluia.
Na metade da década, novas trocas de gravadora. Em 2005, pela Som Livre, colocou no mercado "Clássica". Repaginada em todos os sentidos, Daniela Mercury fez aquele disco "pra se colocar no som e ler um livro". O álbum trouxe canções como "Vapor Barato", "Retrato em Branco e Preto", "Se eu Quiser Falar com Deus", entre outros "verdadeiros clássicos" (O título realmente fez jus ao repertório).
No fim do mesmo ano, chegou às lojas "Balé Mulato", através da EMI. Da nossa parte, destacamos "Topo do Mundo", a primeira a ganhar as rádios, "Levada Brasileira" e a regravação de "Pensar em Você", de Chico César. O projeto rendeu uma versão "ao vivo", lançado também em DVD, no ano seguinte.
DÉCADA 2010
A terceira década de carreira solo de Daniela Mercury traz uma revisita da cantora por suas ex-gravadoras. No início de 2010, junto com a Sony Music, lançou "Canibália". Diferente dos demais álbuns, esse tinha cinco opções de capa (Todas muito bonitas, evidentemente). O trabalho continha regravações como "O Que é Que a Baiana Tem", "Tico-Tico no Fubá" e "O Que Será (A Flora da Terra)", além das inéditas "Preta" e "Oyá Por Nós". No ano seguinte, pela Som Livre, lançou o registro ao vivo do show "Canibália - Ritmos do Brasil".
Em 2013 foi a vez de Daniela voltar a trabalhar com a gravadora em que tudo começou, a Eldorado. Realizado em parceria com o grupo "Cabeça de Nós Todos", o trabalho contou com a participação de grandes nomes: Caetano Veloso, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Marcelo Neder e a Banda Didá.
Nesse meio tempo, a vida pessoal de Daniela Mercury ganhou as manchetes de jornais pelo início do seu relacionamento com Malu Verçosa. A jornalista, inclusive, passou a fazer parte do trabalho da esposa nos discos seguintes. Em 2015, ambas apareceram juntas na capa do disco "Vinil Virtual", reproduzindo a histórica imagem de John Lennon e Yoko Ono para a Revista "Rolling Stone", publicada em 1981. Destaque nesse disco para a faixa "A Rainha do Axé - Rainha Má".
No disco seguinte, "O Axé, A Voz e o Violão", Malu assinou a direção e a produção executiva. Gravado no Teatro Castro Alves em parceria com o Canal Brasil, o projeto tem 16 músicas, entre os sucessos do repertório de Daniela e regravações, como "Noturno", "Dara" e "Como Nossos Pais". Assim como o anterior, esse disco foi lançado pelo selo Biscoito Fino.
Pois bem, colecionadores, acima está um breve resumo sobre a discografia em CD da Daniela. Por toda a história musical da baiana, sem dúvidas é uma coleção que a gente recomenda. Serve pra tudo: Pra tocar e sair pulando, pra colocar no som do carro e meditar, para ouvir baixinho e relaxar. Além de tudo isso, é fácil de reunir e barato de encontrar nos sites de venda. É possível adquirir por valores de que vão de R$ 10 a R$ 30 (Até R$ 50 em raras exceções).
Mês que vem a gente tá de volta com mais uma edição do "Coleções"... e se prepare... A última coluna vai ser cheia de "Emoções".
Fotos: George Luiz / G News Blog
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