A partir deste mês, o "G News" traz uma nova coluna para exaltar um projeto fantástico desenvolvido nas ruas do Recife: O Circuito da Poesia. A iniciativa foi promovida pela prefeitura da cidade em parceria com o artista plástico Demétrio Albuquerque. O trabalho teve início em 2005, com a instalação de 12 esculturas em tamanho real de personalidades da poesia que nasceram ou construíram suas trajetórias no estado.
Em 2017, outras cinco imagens foram produzidas por Albuquerque. Das 17 esculturas criadas, apenas uma não está localizada nas ruas do centro do Recife. A única "desgarrada" foi instalada no bairro da Torre, na zona norte da capital pernambucana. Ao longo do tempo, como é de praxe, algumas peças foram danificadas por vândalos. O conjunto de obras passa por manutenção constantemente.
E aí entra a coluna "Poetas de Pedra". Todos os meses vamos destacar um dos poetas retratados no projeto do Recife, contando sua história, mostrando suas obras e, claro, enaltecendo as esculturas (Afinal, a gente nunca sabe quanto tempo elas durarão intactas, né?), registrando-as para a posteridade aqui. Para começar, o destaque dessa primeira edição é o escritor João Cabral de Melo Neto, que em 2020 comemoraria 100 anos de vida.
Recifense nascido em 6 de janeiro de 1920, João Cabral passou os primeiros anos de vida vivendo entre as cidades de São Lourenço da Mata e Moreno. Aos 10 anos, voltou ao Recife em definitivo. Foi na cidade que começou o interesse pela poesia. Já adulto, o poeta se mudou para o Rio de Janeiro. Paralelamente aos concursos que prestava, Melo Neto escrevia poemas. Seu primeiro livro foi lançado em 1942 com o título de "Pedra do Sono".
Em meados dos anos 1940, João Cabral foi aprovado no concurso do Itamarati e seguiu a carreira de diplomata, morando em vários países como embaixador até se firmar como cônsul-geral na cidade do Porto, em Portugal, em 1984. No fim dessa década, o pernambucano voltou a morar no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. Em 1990, ele se aposentou.
Paralelamente a carreira de diplomata, o poeta lançou vários livros e colecionou prêmios, incluindo os mais importantes da época, como José de Anchieta, Olavo Bilac e o famoso Jabuti. O sucesso literário acabou por transformar João Cabral em "Imortal" da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele tomou posse da cadeira 37 em 6 de maio de 1969.
No apanhado geral, todos os textos do escritor são elogiados pela forma simétrica com a qual João Cabral os produzia. Mas em se tratando do poema mais conhecido, é impossível não falar de "Morte e Vida Severina", de 1955. Com o subtítulo de "Auto de Natal Pernambucano", a obra conta a trajetória de um retirante que viaja do sertão à capital pernambucana. A popularidade se credita às muitas adaptações para o teatro, cinema e televisão.
Sofrendo com problemas de saúde, principalmente na visão, a partir do início da década de 1990, João Cabral de Melo Neto não resistiu a um ataque cardíaco e faleceu aos 79 anos, no Rio de Janeiro. Ele foi casado por duas vezes e teve cinco filhos. A estátua do poeta está situada na Rua da Aurora, próximo a Ponte Santa Isabel.
Fotos: George Luiz / G News Blog
Recifense nascido em 6 de janeiro de 1920, João Cabral passou os primeiros anos de vida vivendo entre as cidades de São Lourenço da Mata e Moreno. Aos 10 anos, voltou ao Recife em definitivo. Foi na cidade que começou o interesse pela poesia. Já adulto, o poeta se mudou para o Rio de Janeiro. Paralelamente aos concursos que prestava, Melo Neto escrevia poemas. Seu primeiro livro foi lançado em 1942 com o título de "Pedra do Sono".
Em meados dos anos 1940, João Cabral foi aprovado no concurso do Itamarati e seguiu a carreira de diplomata, morando em vários países como embaixador até se firmar como cônsul-geral na cidade do Porto, em Portugal, em 1984. No fim dessa década, o pernambucano voltou a morar no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. Em 1990, ele se aposentou.
Paralelamente a carreira de diplomata, o poeta lançou vários livros e colecionou prêmios, incluindo os mais importantes da época, como José de Anchieta, Olavo Bilac e o famoso Jabuti. O sucesso literário acabou por transformar João Cabral em "Imortal" da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele tomou posse da cadeira 37 em 6 de maio de 1969.
No apanhado geral, todos os textos do escritor são elogiados pela forma simétrica com a qual João Cabral os produzia. Mas em se tratando do poema mais conhecido, é impossível não falar de "Morte e Vida Severina", de 1955. Com o subtítulo de "Auto de Natal Pernambucano", a obra conta a trajetória de um retirante que viaja do sertão à capital pernambucana. A popularidade se credita às muitas adaptações para o teatro, cinema e televisão.
Sofrendo com problemas de saúde, principalmente na visão, a partir do início da década de 1990, João Cabral de Melo Neto não resistiu a um ataque cardíaco e faleceu aos 79 anos, no Rio de Janeiro. Ele foi casado por duas vezes e teve cinco filhos. A estátua do poeta está situada na Rua da Aurora, próximo a Ponte Santa Isabel.
Fotos: George Luiz / G News Blog
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