TOP SEVEN - Apontamento de Notícias (23 a 29 de Dezembro)

TSUNAMI VOLTA A ATINGIR INDONÉSIA E MATA CENTENAS DE PESSOAS

   O governo indonésio informou, no domingo (23), que o tsunami atingiu a costa do país na noite do sábado, matando e ferindo centenas de pessoas. No momento da tragédia, um show da banda Seventeen era realizado na praia de Tanjung Lesung, que fica no estreito de Sunda. Cinco integrantes da banda, popular no país, morreram. Os primeiros balanços davam conta de mais de 20 mortos e 700 feridos. A erupção do vulcão Anak Krakatau, que causou um desprendimento de terra, é dada como a principal causa do tsunami, agravada pela maré alta do mar. Como não houve terremoto antes do tsunami, os alertas não foram acionados. Outra região da costa, Pandegland, também foi fortemente atingida e teve 400 casas, hotéis e embarcações danificados pela força das ondas. Os números atualizados na segunda-feira são de 281 mortos, mais de mil feridos e cerca de 12 mil desabrigados. A Agência Nacional de Gestão de Desastres do país alertou para riscos de novos tsunamis.

JUSTIÇA INTERDITA PENITENCIÁRIA EM MG

   Segundo decisão do juiz Wagner Cavalieri, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria (Foto), que fica na cidade de Contagem, não pode receber presos até que irregularidades na instituição sejam sanadas. A penitenciária tem capacidade para 1.640 detentos e atualmente acomoda cerca de 2 mil. Segundo a Justiça, só em 2018, 30 presos fugiram da Nelson Hungria. Um dia, antes, um detento ficou ferido ao tentar fugir pelo telhado do anexo 1. Ele foi socorrido para o hospital municipal da cidade. A Justiça também determinou que a unidade passe a contar com 600 agentes penitenciários, atualmente, a penitenciária tem 540 profissionais. A direção da Nelson Hungria informou que já prepara uma seleção para contratar novos agentes.

TEMER DECIDE NÃO ASSINAR INDULTO NATALINO

   O Palácio do Planalto anunciou, na terça-feira (25), que o presidente Michel Temer não concederia o indulto de Natal em 2018. Depois que o benefício para os presos foi contestado pela PGR ao Supremo Tribunal Federal em 2017, Temer teria decidido não assinar o decreto esse ano, segundo afirmou a assessoria da presidência. O indulto é uma prerrogativa presente na Constituição que prevê o perdão a presos que cumpram determinados critérios estabelecidos pelo presidente. O indulto de 2017 beneficiava presos por crimes sem violência ou grave ameaça, que tivessem cumprido um quinto da pena, e ainda está sendo analisado pelo STF. Em 29 de novembro, o julgamento foi paralisado, com maioria dos votos autorizando a manutenção do indulto, que beneficiaria, entre outros, condenados na operação "Lava Jato". Luiz Fux pediu vista, para ter mais tempo para analisar a proposta. A não conclusão do julgamento sobre o indulto de 2017 foi apontado como o principal motivo para não haver o indulto em 2018. Ao longo da semana, o governo sinalizou a retirada dos presos por corrupção do indulto.

EX-GOVERNADOR É MORTO NO ES

   Gerson Camata (MDB-ES-Foto), de 77 anos, foi morto pelo ex-assessor, Marcos Vinício Moreira Andrade, na tarde da quarta-feira (26), na orla da Praia do Canto, que fica em um bairro nobre de Vitória. Preso, o ex-funcionário afirmou ter matado o ex-governador por ter sido processado pelo crime de injúria. O processo causou o bloqueio de R$ 60 mil da conta de Andrade, que trabalhou com o político por 19 anos. O processo por injúria teria sido aberto após uma série de acusações de Vinício, em 2009, que apontava recebimento de propina, por parte de Camata, de empreiteiras, entre elas, a Odebrecht. Ele também disse ao "O Globo" que na época em que era senador, Camata se apropriava de dinheiro dos funcionários. O velório foi realizado no Palácio Anchieta, sede do governo, e o enterro aconteceu no Cemitério Jardim da Paz, na quinta-feira. Gerson Camata foi vereador de Vitória, deputado estadual, federal, senador por três mandatos e eleito governador do Espírito Santo em 1982.

CERIMÔNIA "ENCERRA" INTERVENÇÃO MILITAR NO RJ

   Depois de 11 meses, uma cerimônia marcou o fim da intervenção militar na segurança do Rio de Janeiro, na quinta-feira (27). O ato foi simbólico, já que a intervenção segue até o dia 31 de dezembro, e teve a participação do governador em exercício, Francisco Dornelles, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, e o interventor, general Braga Netto. Em seu discurso, Dornelles avaliou a intervenção como positiva, afirmando que a ação evitou uma "convulsão social" no estado. Dados apontaram uma redução de 20% no roubo de cargas entre março e novembro desse ano na comparação com o mesmo período de 2017. Roubos de rua, roubos a pedestres, roubos de veículos e homicídios também registraram queda de 6%, 7%, 8% e 6%, respectivamente. Por outro lado, houve aumento nos crimes de lesão corporal seguida de morte (33%) e mortes por intervenção policial (38%). Dos R$ 1,2 bilhão destinados à operação, 74% (Algo em torno de R$ 890 milhões) foram utilizados.

CORPO DE MIÚCHA É ENTERRADO NO RJ

   Parentes e amigos deram o último adeus a cantora Miúcha (Foto), na sexta-feira (28), no Rio de Janeiro. O velório e enterro foram realizados no Cemitério São João Batista, na zona sul do Rio. A cantora morreu na quinta-feira, aos 81 anos, no Hospital Samaritano, após sofrer uma parada respiratória. Miúcha lutava contra um câncer e não resistiu as complicações da doença. Nascida Heloísa Maria Buarque de Holanda, Miúcha era filha do jornalista Sérgio Buarque de Holanda e da pianista Maria Amélia Cesário Alvim. Começou a cantar ainda criança, formando um grupo vocal com os seis irmãos, entre eles, Chico Buarque. Se profissionalizou na juventude e ao longo de 40 anos de carreira lançou 14 discos. Foi casada por 8 anos com o cantor e compositor João Gilberto, com quem teve a também cantora Bebel Gilberto. Entre seus sucessos mais conhecidos estão "Maninha" e "Pela Luz dos Olhos Teus".

DOLEIRO EXTRADITADO DO PARAGUAI CHEGA AO BRASIL

   Bruno Farina (Foto) chegou ao Brasil, no sábado (29), após ser extraditado do Paraguai, onde foi preso na sexta-feira. O doleiro deve responder no país pelas acusações de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Farina teve o mandado de prisão expedido durante a operação "Câmbio, Desligo", desdobramento da "Lava Jato" que investiga um grupo chefiado por Dario Messer, que é conhecido como o "Doleiro dos Doleiros". Bruno foi preso pela Interpol no mesmo condomínio em que vive Messer, que está foragido. Farina é réu desde junho, quando o juiz Marcelo Bretas aceitou a denúncia do Ministério Público Federal. Dois habeas corpus foram impetrados pela defesa, na mesma época, no Supremo Tribunal Federal, mas um foi rejeitado e o outro negado. Segundo a denúncia, o grupo criminoso movimentou cerca de 22 milhões de dólares entre 2011 e 2017. A operação foi deflagrada após delações dos doleiros Vinícius Claret (O Juca Bala) e Cláudio Barboza (Conhecido como Tony).

Fontes: Bol, G1, O Globo, Folha de São Paulo.
Fotos: Penitenciária Nelson Hungria (Reprodução); Gerson Camata (Lula Marques / Folhapress); Miúcha (Léo Martins / Agência "O Globo"); Bruno Farina (Extraída do site "Estado de São Paulo").

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