No mês das tradicionais festas dos santos juninos, me deparo com posts revoltados nas redes sociais, principalmente de músicos da região, sobre uma versão "Um tanto apimentada" do clássico "Asa Branca", composto por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira em 1947. O maior carro-chefe do "Rei do Baião" teve seus versos consagrados trocados por um emaranhado de palavras de baixo calão que, pra variar, transformam a mulher em um simples objeto para obtenção de prazer (O que é comum nesse tipo de "música").
O autor da "obra" se intitula como MC Yuri, é de São Paulo, e é mais um a beber da fonte dos MCs. Letras extremamente sexualizadas e a batida tradicional do funk adulto (Sempre a mesma, segundo ouvidos leigos dessa arte). Em tempos de internet, não chamou tanta atenção: Apenas mil visualizações. O título??? "Festa Junina da Putaria" - Iniciando por nome, nem se faz necessário redigir a letra abaixo para saber do que se trata.
Há quem diga que é falta de respeito com uma obra reconhecida, inclusive, mundialmente. Os que defendem esse tipo de letra dizem se tratar da famosa "Liberdade de Expressão". Pode até ser que sejam os dois, vai depender do quão democrático você, leitor, é. A meu ver, qualquer letra, seja de que segmento musical for, que usa e abusa de conteúdo sexual ou linguagem chula, já nasce condenada. Sexo é algo pra se fazer entre quatro paredes.
Mas pra você, que prefere o clássico com toda sua beleza sonora e poética, segue a versão original de "Asa Branca", na voz do 'Rei do Baião". Escute ambas (Se suportar ouvir os primeiros 20 segundos da primeira) e tire suas próprias conclusões. O consolo é que as músicas de hoje em dia não duram tanto como a sexagenária obra do "Mestre Lua".
Vídeos: Extraídos do YouTube
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