TOP SEVEN - Apontamento de Notícias (13 a 19 de Março)

PROTESTOS CONTRA O PT ACONTECEM EM TODO O BRASIL

   Segundo estimativas da Polícia Militar, mas de 3 milhões de pessoas foram às ruas, no domingo (13), para protestar contra o governo da presidente Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores (PT). Todos os 26 estados e o Distrito Federal registraram manifestações. Só em São Paulo, foram 1,8 milhão de pessoas, sendo 1,4 apenas na capital, segundo a Secretaria de Segurança Pública. Grande parte se concentrou na Avenida Paulista. A movimentação, que pede a prisão do ex-presidente Lula e o impeachment de Rousseff foi o maior desde o das "Diretas Já". O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o presidente do PSDB, Aécio Neves, foram hostilizados em passagem pelo local. No Recife, 120 mil pessoas realizaram ato na Avenida Boa Viagem, na zona sul da cidade. Também no domingo, um grupo se reuniu na frente da casa de Lula, em São Bernardo do Campo, para mostrar apoio ao político. Em nota, o PT afirmou que é cedo para decidir qualquer coisa e que a quantidade de pessoas não surpreendeu. Eles definiram o protesto como "Orquestrado pelo Oposição".
 
GOVERNO ANUNCIA NOVO MINISTRO DA JUSTIÇA
 
   Eugênio Abraão, ex-vice procurador-geral da república, foi apresentado na segunda-feira (14) como o novo ministro da Justiça. Para a oposição, a escolha pode estar ligada ao interesse em tirar proveito da proximidade de Eugênio com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para facilitar a análise das contas de campanha da reeleição de Dilma Rousseff. Ele também conhece detalhes da "Operação Lava Jato", inclusive, chegou a enviar parecer ao TSE afirmando não ver irregularidades nas provas do esquema da Petrobras que incriminem a presidente. Ao mesmo tempo, Abraão foi responsável pelos pedidos de investigação contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e seus familiares. Em 2015, o novo ministro da Justiça foi acusado de tentar atrapalhar as investigações do esquema do "Mensalão", primeiro grande escândalo do governo Lula. 
 
STF ACEITA DELAÇÃO PREMIADA DE SENADOR
 
   O depoimento do ex-líder do PT no Senado, Delcídio do Amaral, foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal, na terça-feira (15), através do ministro Teori Zavascki. O senador firmou acordo com a Procuradoria-Geral da República em troca de benefícios na investigação. Amaral passou três meses preso e foi solto após as confissões, em 19 de fevereiro. No depoimento, Delcídio envolveu os nomes de Lula, Dilma, Michel Temer, Eduardo Cunha, entre outros, no esquema de corrupção da Petrobras. Trechos da delação já haviam vazado para a imprensa no início de março. Segundo Delcídio, Aécio Neves recebeu propina de empresa de economia mista subsidiária da Eletrobrás. A denúncia confirma o depoimento de Alberto Youssef, que afirmou que Temer era responsável pela indicação de nomes. Cunha era a ponte que ligava o esquema a André Esteves, do BTG. O ministro da educação, Aloisio Mercadante, teria oferecido dinheiro pelo silencio do senador a pedido do governo. Renan Calheiros (PMDB-AL) também teve o nome envolvido, mas alegou inocência.
 
LULA VOLTA A FAZER PARTE DO GOVERNO
 
   O ex-presidente aceitou assumir o Ministério da Casa Civil do Governo Dilma Rousseff, na quarta-feira (16). A decisão saiu após uma reunião no Palácio do Planalto com a presidente e com os ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, e Jaques Wagner, que deixa de ser titular da pasta para ser o secretário-executivo. Para aceitar a proposta, Lula pediu uma série de mudanças no governo. Segundo ele, as mudanças só acontecerão com a montagem de uma nova equipe. Com a entrada no governo, Lula passa a ter foro privilegiado e só pode ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal. A noite, após a publicação na edição ordinária do Diário Oficial da União, manifestantes se reuniram em 16 estados para protestar. Em Brasília, o exército fez a guarda do Palácio. Na quinta-feira, Lula foi empossado em cerimônia em Brasília, mas a posse foi suspensa logo depois pela justiça.
 
COMISSÃO ESPECIAL DO IMPEACHMENT É APROVADA
 
   A votação ocorreu na Câmara dos Deputados, na tarde da quinta-feira (17), e, por 433 votos a favor e 1 contra, uma comissão foi criada para analisar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A aprovação acontece um dia após o Supremo Tribunal Federal determinar o rito para o processo de afastamento. A sessão contou com ânimos inflamados pelos deputados pró e contra o governo. A comissão é composta por 65 parlamentares, sendo 8 do PT e do PMDB cada, e 6 do PSDB, principal partido de oposição. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou que agilizará o processo e em 45 dias a analise será concluída. O próximo passo será a instalação do pedido de saída de Dilma e a entrega da defesa sobre o crime de responsabilidade, denominado "Pedaladas".

ATÓS PRÓ GOVERNO ACONTECEM EM TODO O PAÍS

    Diferentemente dos protestos contra o governo do PT e o ex-presidente Lula, milhares de pessoas se reuniram, na sexta-feira (18), para manifestar apoio a ambos. Os manifestantes acusaram a oposição de orquestrar golpe contra a presidente Dilma Rousseff. Em São Paulo, onde se registrou a maior mobilização, com cerca de 80 mil pessoas, segundo a PM, Lula compareceu e discursou por 20 minutos em plena Avenida Paulista. Ele defendeu que a presidente cumpra seu mandato até o fim, em 2018. Enquanto em 25 estados e no Distrito Federal, o público protestou a favor, em 8 deles houve movimentação contra o PT.

ACIDENTE AÉREO MATA EMPRESÁRIO E FAMÍLIA EM SP

   O avião monomotor que levava a família do empresário Roger Agnelli caiu às cerca de 15h30, três minutos após decolar do Campo de Marte com destino ao aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. No acidente, morreram ainda a esposa de Agnelli, Andrea, seus dois filhos, Ana Carolina e João, o genro Parris Bittencourt e a namorada do filho do empresário, que esteve a frente da mineradora Vale por 10 anos, de 2001 a 2011. A aeronave foi comprada pelo empresário em 2012 e estava sendo utilizada para levar a família a um casamento. Logo após a queda, o Corpo de Bombeiros fez a remoção dos corpos, que estavam mutilados. As investigações sobre os motivos da queda serão investigados pelo Seripa, órgão ligado ao Cenipa que responde pela área de São Paulo.
 
Fontes: Bol, Veja, Terra, Folha de São Paulo, G1.

Comentários