Realizado anualmente pela Prefeitura da cidade de Panelas, a cerca de 200 km
do Recife, o Festival Nacional de Jericos chegou a sua 42ª edição entre os dias
30 de abril e 3 de maio. O ápice da festa, porém, aconteceu no dia 1º e atraiu
uma multidão de várias cidades e estados. Trata-se do desfile de fantasias e da
corrida de Jericos.
A cidadezinha agrestina tem mais de 25 mil habitantes, é
simpática e acolhedora, apesar do calor escaldante durante o dia, e recebe
milhares de visitantes durante os a tradicional festividade. A visita de
turistas a cidade movimenta o comércio local com a venda de artigos artesanais
e mercado informal. É tanta gente que os só os restaurantes não dão conta da
demanda. Por isso, moradores locais oferecem estadia e alimentação em suas
residências.
As ruas enchem e o destaque fica pelos shows musicais, que
acontecem diariamente no horário da noite. São bandas de forró, brega, grupos
de pagode, entre outros. Outro ponto turístico é o morro da cidade. A subida é
longa e cansativa. Quem quiser mais comodidade pode pagar R$ 5 aos motoristas
da região que transportam, aguardam e retornam com os grupos. A vista é fantástica,
parece levar o visitante mais perto do céu e com uma imagem de tirar o fôlego,
como é possível ver nas imagens abaixo.
Entre Recife e Panelas, levamos cerca de
3 horas para chegar, com uma pausa para o lanche. Ao chegar a Panelas, nos
deparamos com o ambiente festivo já nas primeiras horas da manhã. O primeiro
evento do dia 1º foi o desfile de fantasias. Ao longo das principais vias da
cidadezinha, grupos folclóricos se apresentam aos visitantes. Lembranças, como
camisas, quadros e os mais variados itens têm impressas imagens em referência
ao animal símbolo da festa.
No desfile, cerca de 20 animais são caracterizados.
Com em um desfile de samba, tudo é muito conceitual, há um título e uma ideia a
transmitir aos espectadores, devidamente narrados pelo apresentador da
competição. As homenagens são o forte da maioria das fantasias. Este ano, como
não poderia deixar de ser, um dos Jericos carregava uma escultura do
ex-governador, Eduardo Campos. Contudo, outras personalidades já falecidas foram
lembradas, como o escritor pernambucano Ariano Suassuna, a apresentadora de tv,
Hebe Camargo, o humorista mexicano Roberto Bolaños, representado em dois
animais diferentes: Um fantasiado de Chaves e outro de Chapolim. A crítica
também teve espaço, nas fantasias que representavam a presidente Dilma Rousseff
e o aumento da conta de luz, por exemplo. Tudo com muita irreverência.
Ao
término da competição de fantasias, começaram os preparativos para o ponto alto do evento: A
corrida de Jericos. Na sede da Prefeitura, os proprietários inscreviam seus
animais a poucas horas da largada. A disputa teve início às 16h. Em cada “bateria”,
cinco Jericos disputaram. Moradores e visitantes se espremem nas calçadas e nas
arquibancadas montadas para a festa. De cada etapa, dois foram classificados.
Os finalistas disputaram prêmios em dinheiro e troféus. Ao público, restou a
diversão do evento.
Este ano, o Festival de Jericos também foi palco da
inauguração da praça da cidade, que foi revitalizada e recebeu o nome de
Eduardo Campos. Para a reinauguração, estiveram presentes o atual governador do
estado, Paulo Camara, o filho de Eduardo, João Campos, e o presidente da Assembleia
Legislativa de Pernambuco, Guilherme Uchoa, além do prefeito da cidade, Sérgio
Barreto de Miranda.
Fotos: George Luiz / G News Blog
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