OPINIÃO: POLÍTICA OU BRINCADEIRA???

   Faz um tempo que eu escutei uma frase dita por um parente sobre políticos, ela dizia mais ou menos assim: “Nunca vi um cidadão trabalhador se envolver com política”, e jamais a esqueci. Com o passar dos anos, passei a me questionar e cheguei à conclusão de que havia um fundo de verdade naquela premissa.
 
   A temporada de campanhas políticas começou há cerca de 1 mês e dentro de mais alguns dias, os postulantes começarão e se exibir na televisão e no rádio. O que tem se visto neste primeiro momento é muita gente e pouca expectativa de que alguma coisa positiva venha por aí na nossa gestão pública. As pessoas esqueceram o verdadeiro sentido da palavra “Política”.
 
   Política vem do grego e, na filosofia do grego Aristóteles, significa a felicidade coletiva, ou o bem estar proveniente de uma gestão municipal ou estadual, em livre tradução. Estar em um cargo público deveria ter o peso do compromisso em melhorar a vida das pessoas que dependem de decisões corretas. O que se vê no Brasil, talvez em todo mundo, é que chegar ao poder virou sinônimo de fazer a vida em, no mínimo, 4 anos.
 
   Não se tem mais bases sólidas, não se apresentam mais propostas de melhorias. Aliás, nem se criam mais programas de governo (Também, de que adianta, nada sai do papel mesmo), o que vemos é união de partidos única e exclusivamente em busca de cargos em ministérios e pastas de governo (Sem, sequer, uma análise de capacidade do indivíduo que vai gerir a tal função).
 
   E o que dizer das figuras bizarras que aparecem: Artistas falidos que tentam manter-se na mídia pelo menos na época da eleição (Digo falido, porque ninguém jamais viu Roberto Carlos se candidatando a governador ou a Maria Bethânia à prefeita de alguma coisa); O analfabeto que acha que deve ser eleito por que tem a cara do povo; O filho de “Fulano”, “Beltrano” e “Cicrano”, que estão na política a “trocentos” anos, sem largar o osso; etc, etc e etc.
 
   Ainda tem mais uma: É evidente que há pessoas sensatas e bem intencionadas, não tenho dúvidas, mas nossa máquina pública é tão contaminada que o sujeito pode chegar lá com a melhor das intenções, mas como já existem as panelinhas das velhas raposas, o negócio é o seguinte (Nesta frase, imagino o velho político puxando o novo pelo colarinho para o canto do recinto e dizendo): “Ou Vossa Excelência entra no nosso jogo, ou não terás os próximos quatro anos, se não “cavarmos” um impeachment antes de encerrar os primeiro quatro”. E aí, amigo, o cordeirinho vira lobo: Mais um pra coleção da política brasileira.
 
   Há pessoas que acham graça nas propagandas eleitorais destas figuras (Eu costumo lastimar pelo que vejo). Sabemos que um país só vai para frente quando existem política e justiça consistentes. Bem, pelo que escrevi acima e pelo que você, leitor, deve ver diariamente no seu bairro e na televisão, já percebemos que a política não vai bem das pernas (Se é que algum dia foi). A justiça..., bem, pra que falar né? (Daria outro “pequeno” texto, igual a este).
 
   É clichê, mas vou encerrar dizendo: “Pense bem em quem vai votar”. Também não sei se adianta pensar. No fim, fica tudo do mesmo jeito.  
 
 
Imagem: Extraída do site “Eleição Limpa”

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