Confirmado!!! Carlos Villagrán, intérprete do personagem kiko, se
apresenta no Recife no próximo dia 5 de maio. O show faz parte da turnê da
comemoração de 40 anos e, ao mesmo tempo, marca a despedida do personagem, já
que Villagrán anunciou que irá aposentá-lo. A apresentação acontece no Clube
Português, a partir da 15h. Além de cantar e contar histórias, Kiko encenará
pequenos esquetes no palco, relembrando bordões do personagem que lhe tornou
conhecido em centenas de países pelo mundo.
Além do Kiko,
haverá apresentação do personagem Fofão, outro ícone dos anos 80, junto com a
Turma do Balão Mágico, o Palhaço pernambucano “Chocolate” e o cantor Joaozim e
Pé de Feijão, que apresenta releituras de clássicos infantis da década de 80.
Os ingressos estão à venda na sede do clube, que fica na Avenida Rosa e Silva,
172, Recife. A entrada custa R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia). Para mais
informações, o telefone de contato é o (81) 3231-5400.
O ator chegou ao Brasil no início da semana passada e participou dos
programas “Agora é Tarde”, da Band, na quinta-feira (11), e “Domingo Legal”, do
SBT, no domingo (14). Em relação aos shows, foram realizados dois em São Paulo,
no sábado (13) e no domingo (14). Antes de chegar ao Recife, Carlos Villagrán
ainda passa por Porto Alegre (RS), no sábado (20), e por Belo Horizonte (MG),
no domingo (21).
UM POUQUINHO DE HISTÓRIA...
Carlos Villagrán Eslava nasceu no dia 12 de janeiro de
1944, na Cidade do México. Teve uma infância pobre e antes de se tornar famoso
como humorista, trabalhou como fotógrafo para diversos jornais mexicanos. A
estreia como comediante aconteceu exatamente nos programas de Roberto Gomez
Bolaños, intérprete de Chaves e Chapolin Colorado. Ele participava de esquetes
(pequenas histórias dentro de um programa), fazendo diversos papéis.
Pouco tempo depois do esquete “Chavo Del Ocho” entrar no
ar, assim que a história caiu no gosto popular e começou a ganhar “corpo”,
Villagrán foi convocado para integrar o elenco. A praticidade em inflar as
bochechas foi o diferencial para que o personagem Quico (Com a verdadeira
escrita) ganhasse sua principal característica física. Com o sucesso, “El Chavo
Del Ocho” se tornou programa solo de 30 minutos, sendo apresentado às
segundas-feiras por cerca de oito anos.
Quico permaneceu na série até 1978 (O último episódio
gravado por ele foi à viagem da turma à Acapulco). Depois da conturbada saída,
Villagrán tentou emplacar outros programas na Venezuela e no México, mas, não
obteve êxito. Numa das tentativas, através da emissora mexicana Telerey, a
grafia do nome foi modificada, para tirar os poderes de direito autoral de
Roberto Bolaños. Os dois só se reencontraram anos mais tarde, durante uma
homenagem ao programa.
Em entrevistas
concedidas ao longo deste tempo, Carlos Villagrán creditou a sua saída de série
a inveja de alguns atores pelo sucesso que seu personagem alcançou, ofuscando a
popularidade do protagonista da história, o Chaves. A inveja, diga-se de
passagem, viria a ser de Roberto Bolaños, produtor e intérprete do “Menino do
Barril”. A série Chaves ficou no ar até 1992, como um esquete de pouco mais de
7 minutos, dentro do Programa “Chespirito”. Em 2012, Bolaños foi homenageado
pelos 40 anos de carreira, Villagrán não participou.
CHAVES NO BRASIL
A história da série mexicana no Brasil é curiosa. Sílvio
Santos adquiriu fitas do programa e submeteu a avaliação de alguns diretores do
recém inaugurado SBT. Resultado: Ninguém “botou fé”. Mesmo assim, Sílvio
ordenou que alguns episódios fossem dublados (O que aconteceu nos modestos
estúdios da emissora) e os colocassem no ar, como teste. Isto se passou em 1984
(O resto da história todos nós conhecemos).
Prestes há
completar 30 anos em exibição, com incontáveis reprises, o programa resiste com
uma fórmula desgastada que parece não atingir a popularidade do programa nem
dificultar a conquista de novos fãs, a cada geração. A estreia da versão em
desenho animado, em 2006, agregou ainda mais admiradores .
Fotos: 1 e 2 (Divulgação / Facebook). 3 e 4 (Extraída do "Google Images").
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