NOTAS DA SEMANA 11 A 18 DE ABRIL

FIM DO MISTÉRIO EM LUZIÂNIA
Na última segunda-feira (12), a polícia apresentou o pedreiro Admar de Jesus, 40 anos, como o autor do assassinato dos seis jovens que desapareceram misteriosamente entre dezembro do ano passado e janeiro desse ano na cidade de Luziânia, em Goiás. A polícia chegou ao acusado através do rastreamento do celular de uma das vítimas, que estava em poder da irmã de Admar. Os corpos foram encontrados na casa do pedreiro em avançado estado de decomposição e só poderão ser identificados através do DNA. O acusado estava preso, por matar um jovem de 14 anos desde 2005, e havia sido solto uma semana antes do primeiro desaparecimento, no dia 30 de dezembro. Um laudo psiquiátrico, feito durante o tempo em que Admar ficou preso, mostrou que ele é um psicopata perigoso e tem um “grave distúrbio”. Um erro judicial será investigado para se saber o que motivou a liberdade concedida ao acusado.
ATÉ QUE DEMOROU

Depois de sessenta e um dias preso na superintendência da Polícia Federal, em Brasília. O ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda foi solto na tarde de segunda-feira (12). Barbudo e sem falar com a imprensa, Arruda saiu num carro acompanhado da esposa. Grupos protestaram contra a liberação, enquanto outros davam apoio ao ex-governador cantando hinos evangélicos. A decisão do STJ de soltá-lo, porém, não impede que ele se livre do processo de impeachment que já está em tramitação. Arruda foi preso acusado de atrapalhar as investigações do caso conhecido como “mensalão do DEM”, onde ele e pessoas do seu governo recebiam propina de empresários do DF. O escândalo veio à tona no final do ano passado, quando as imagens foram divulgadas e Arruda foi desfiliado do Partido Democrata e, logo depois, afastado do governo. Se sofrer o impeachment, o ex-governador ficará oito anos sem concorrer em eleições.
Arruda não falou com os jornalistas


SALVADOR DEBAIXO DÁGUA

Depois do Rio de Janeiro, Salvador foi atingida por fortes chuvas essa semana. Seis mortes foram confirmadas e, ao todo, são 540 áreas de risco, a maioria delas, estão na periferia. Moradores ilhados e enchentes são imagens frequentes na capital baiana. Outras 25 cidades também vivem a mesma situação. Outro problema enfrentado, principalmente pelos habitantes das cidades de Lauro de Freitas e Camaçari, foi a falta de energia elétrica. Na Vila Canária, um deslizamento matou duas crianças, um menino de dois e outro de seis anos.

A CHINA TAMBÉM TREMEU

Um terremoto de grandes proporções atingiu a província de Yushu, noroeste da China, na manhã da quarta-feira (13). A região é montanhosa, cercada de pastos e tem uma densidade habitacional baixa. O epicentro foi a 389 km a sudoeste da cidade de Golmud e a uma profundidade de 46 km. O abalo destruiu rapidamente a cidade e matou mais de mil e cem pessoas, além de deixar mais de dez mil desabrigados, já que 85% das construções não suportaram os tremores e ruíram. As casas da região atingida são feitas, em sua maioria, de madeira e tijolos. Mais de sete mil soldados trabalham no resgate das vítimas. Taiwan foi um dos primeiros países a prestar solidariedade, já o governo chinês liberou, no mesmo dia, cerca de 20,3 milhões de dólares para a reconstrução da cidade. Há dois anos, a província chinesa de Sichuam sofreu um forte terremoto que matou 85 mil pessoas e deixou 5 milhões sem moradia. O abalo de quarta-feira foi o mais forte desde 2008 e foi seguido de réplicas (outros abalos que são sentidos após o tremor mais forte). Segundo as autoridades chinesas, o abalo teve magnitude 7.1 na escala Richter (que vai de 0 à 10).

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