CRISE NO SENADO BRASILEIRO

Em Março, as denúncias de que o diretor geral do senado Agaciel Maia não havia declarado a receita uma casa de cinco milhões de reais e que o diretor de Recursos humanos foi acusado de fornecer apartamentos funcionais a parentes que não trabalhavam no senado foram o ponto de partida para uma crise profunda no senado brasileiro. José Sarney, que havia sido eleito presidente do senado prometeu limpar a imagem da instituição, e pouco tempo depois surge o escândalo dos atos secretos. Em junho, o “Estado de São Paulo” publicou o levantamento técnico que mostrava atos administrativos no qual Sarney aparece nomeando parentes, criando cargos e aumentando salários sem publicá-los no diário oficial. Em agosto, os partidos apresentaram 11 denúncias contra Sarney no conselho de ética. Escutas telefônicas mostraram a neta do presidente do senado pedindo emprego para o namorado. Apesar de tudo, as denuncias foram arquivadas pelo senador Paulo Duque (PMDB-RJ). O apoio do PT a Sarney provocou mal-estar até entre os filiados, Aloísio Mercadante ameaçou sair da liderança do partido, mas depois de uma conversa com Lula, desistiu. Outro escândalo foi o encontro de Dilma Roussef com a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira. Segundo Lina, Dilma teria lhe pedido para que agilizasse a investigação do caso Sarney, como não havia apresentado agenda e Dilma garantiu que não houve o encontro, a base governista decidiu enterrar a história sem chance de uma acareação entre as duas.

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