TOP SEVEN (22 a 28 de Junho de 2025)


IRÃ APROVA FECHAMENTO CANAL APÓS ATAQUES DOS EUA

   O parlamento iraniano aprovou o fechamento do Estreito de Ormuz, canal marítimo por onde passa 20% de todo o petróleo do mundo. A votação aconteceu horas após os ataques dos Estados Unidos à usinas do país. Os bombardeios foram direcionados à três usinas nucleares do país, Natanz, Isfahan e Fordow, com o objetivo de interromper o programa nuclear iraniano. Apesar de garantir que o programa é usado para fins pacíficos, o Irã passou a ser acusado pela Agência Internacional de Energia Atômica de não cumprir suas obrigações. O Estreito de Ormuz tem 33 quilômetros de largura, serve de ligação do Golfo Pérsico ao Mar Arábico e recebe volumes de petróleo bruto extraídos de países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). A decisão dos parlamentares iranianos não foi definitiva e dependia do Conselho de Segurança do Líder Supremo do Irã.

TRUMP ANUNCIA CESSAR-FOGO ENTRE ISRAEL E IRÃ

   O presidente norte-americano usou uma rede social, na noite da segunda-feira (23), para anunciar o acordo entre Israel e Irã. Segundo Donald Trump, o cessar-fogo seria completo e total e teria início após a conclusão das últimas missões militares que estavam em andamento. Apesar do comunicado postado na rede social do republicano, a Truth Social, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, negou inicialmente o fechamento do acordo e afirmou que a trégua só aconteceria se Israel parasse os bombardeios. Os dois países até chegaram a violar a decisão nos primeiros minutos após o horário definido, no entanto, acabaram arrefecendo a tensão no Oriente Médio. Ainda assim, tanto Irã quanto Israel declararam vitória na chamada "Guerra dos 12 dias". Do lado iraniano, 610 pessoas morreram e 4.746 ficaram feridas nos conflitos. Em Israel, 28 morreram e 1.400 se feriram. 

BRASILEIRA É ENCONTRADA MORTA EM VULCÃO DA INDONÉSIA

   Agentes da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia encontraram, na terça-feira (24), o corpo de Juliana Marins (Foto), brasileira que caiu quando fazia uma trilha pelo Monte Rinjani quatro dias antes. De acordo com os profissionais que trabalharam no resgate, a jovem de 26 anos foi encontrada sem vida a cerca de 600 metros de profundidade no vulcão, o segundo maior do país. Nos dias seguintes a queda de Juliana, equipes tentaram resgatá-la, no entanto, o mau tempo na região interrompeu os trabalhos. No primeiro dia, a brasileira foi flagrada ainda viva por drones a uma distância de 200 metros da trilha. Os equipamentos voltaram a registrar Juliana no terceiro dia, mas ela não se movia e havia descido ainda mais. Após o resgate, o corpo foi levado ao Hospital Bali Mandara, onde passou pela autópsia. Os exames constataram múltiplas fraturas causadas por quedas. Além das escoriações, as fraturas ósseas resultaram em danos aos órgãos internos e sangramentos que levaram a jovem à morte. A expectativa é que o corpo chegue ao Brasil nos próximos dias.

CONGRESSO NACIONAL REVOGA AUMENTO DO IOF

   A Câmara dos Deputados (Foto) e o Senado Federal aprovaram, na quarta-feira  o Projeto de Decreto Legislativo 214/2025 que revogava o decreto e medidas do governo federal que aumentavam a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Entre os deputados, o placar final de 383 votos favoráveis e 98 contrários à revogação. Após a definição da Câmara, o PDL seguiu para o Senado, onde foi aprovado em votação simbólica (Em que não há a contagem de votos). Concluídas as votações, o projeto seguiu para promulgação no Legislativo. O decreto do executivo previa uma série de dispositivos que aumentavam as tarifas do IOF em operações de crédito e compra de moeda estrangeira, entre outras ações. A estimativa do governo era de que a medida resultasse em uma arrecadação de R$ 10 bilhões. No mesmo dia, os senadores aprovaram a ampliação do número de deputados de 513 para 531 no Brasil. 41 senadores foram favoráveis e 33 se colocaram contra o aumento. O projeto de lei já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados e seguiu para sanção presidencial.

STF CONCLUI JULGAMENTO SOBRE BIG TECHS

   Após doze sessões do julgamento sobre a responsabilidade das big techs sobre o conteúdo postado por usuários nas redes sociais, o Supremo Tribunal Federal ampliou, na quinta-feira (26), as obrigações das empresas e definiu os critérios para punir as plataformas. A regra geral determina que as empresas responderão por crimes ou atos ilícitos e por contas falsas. O entendimento funcionará como uma orientação a ser aplicada pelo Poder Judiciário em todo o Brasil. Nas situações que se configurarem crimes contra a honra, como injúria, calúnia e difamação, a remoção do conteúdo segue a regra atual: Por ordem judicial. O placar final de 8 a 3, o STF definiu que o artigo 19 do Marco Civil da Internet, que isentava as plataformas de responsabilidade pelas publicações de terceiros (com exceção dos casos de descumprimento de ordem judicial para remoção do conteúdo), é parcialmente inconstitucional. Já os ministros André Mendonça, Kassio Nunes e Edson Fachin defenderam que o tema deveria ser regulamentado pelo Congresso Nacional. 

IBGE: DESEMPREGO CAI NOVAMENTE NO BRASIL

   Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, na sexta-feira (27), apontaram que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,2% no trimestre encerrado em maio de 2025. O índice é 0,6% menor que o registrado no trimestre encerrado em fevereiro (6,8%) e quase 1,0% se comparado ao mesmo período de 2024 (7,1%). De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, o número de pessoas ocupadas atingiu 103,9 milhões, uma alta de 2,5% em relação ao trimestre anterior. A taxa de subutilização caiu de 15,7% para 14,9%, enquanto a de informalidade recuou de 38,6% para 37,8%. Atualmente, 39,8 milhões de pessoas trabalham de carteira assinada no setor privado. O número de desalentados também apresentou queda. No total, 2,89 milhões de pessoas desistiram de procurar emprego, o menor patamar desde 2016. Por fim, o rendimento médio do trabalhador ficou em R$ 3.457. 

CASAMENTO DE BEZOS É MERCADO POR LUXO E PROTESTOS NA ITÁLIA

   A cerimônia de casamento do bilionário Jeff Bezos com a jornalista Lauren Sánchez (Foto) gerou uma série de protestos, no sábado (28), em Veneza. O matrimônio foi marcado por três dias de celebrações e atraiu personalidades de vários segmentos, como o ator Leonardo DiCaprio e a apresentadora de televisão Oprah Winfrey. A cerimônia propriamente dita aconteceu na Ilha de San Giorgio. Moradores de Veneza reclamaram afirmando que a cidade havia se transformado em um "playground" para milionários. Eles afirmam que grande concentração de ricos tem aumentado o custo de vida local, o que tem afastado a população. Por outro lado, empresários e políticos elogiaram a escolha por acreditarem que o evento movimentou a economia local. Para amenizar as críticas, Bezos fez uma doação de 3 milhões de dólares para instituições de caridade de Veneza.

Fontes: G1, Terra, CNN Brasil e Uol.
Fotos: Juliana Marins (Reprodução); Câmara dos Deputados (Divulgação); Lauren Sánchez e Jeff Bezos (Reprodução / Instagram).

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