E lá se vai 2020, o ano que o mundo quer esquecer, mas não vai conseguir de jeito nenhum!! Começou com uma nuvem negra que tomou forma na China e aos poucos se expandiu planeta Terra a fora. Um ano em que as mazelas cotidianas, como violência, racismo e intolerâncias de todos os tipos permaneceram latentes na humanidade. Chegou a hora de repassarmos estes 12 meses turbulentos selecionando os sete principais acontecimentos. Confira abaixo o "Top Seven" dos fatos mais importantes de 2020...
CORONAVÍRUS PARALISA O MUNDO
Os primeiros casos surgiram no final de 2019 em Wuhan, província chinesa, e aos poucos começou a se espalhar pela China. Do país, o novo coronavírus tomou a Europa, assustando o mundo com imagens em que comboios das forças armadas transportavam dezenas de corpos na Itália. Com o avanço da epidemia, países começaram a fechar suas fronteiras, mas já era tarde demais. Ao chegar nos Estados Unidos, o estrago foi imenso. Nova York foi a cidade mais atingida pela explosão de casos e mortes. No Brasil, o primeiro caso foi registrado no fim de fevereiro em São Paulo. Em março, todo o país entrou em "quarentena". Cidades pararam, empresas faliram e hospitais ficaram lotados com pacientes da covid-19. Simultaneamente, cientistas correram em busca da vacina, que surgiu no apagar das luzes de 2020. O número atual é de 80 milhões de casos e 1,5 milhão de mortes pela doença.
TRAGÉDIA AÉREA NO IRÃ
O "erro imperdoável", segundo o presidente do Irá, Hassan Rouhani, foi cometido no dia 8 de janeiro, quando forças militares do país derrubaram um avião ucraniano com 176 pessoas. O boeing 737 foi abatido por mísseis quando forças iranianas tentavam atingir bases utilizadas por tropas norte-americanas no Iraque. Irã e Estados Unidos viviam um clima de tensão após a morte do general iraniano Qassem Soleimani, ocorrida após um ataque do país liderado por Donald Trump. A aeronave, derrubada dois minutos após a decolagem, operava o voo PS752 da Ukraine Airlines International (UAI) e faria uma viagem de Teerã para Kiev. Entre as vítimas, pessoas de diferentes nacionalidades: Iranianos, ucranianos, canadenses, britânicos, afegãos, alemães e suecos. Soleimani, pivô da guerra entre os países, era chefe da Guarda Revolucionária do Irã. Seus funerais levaram uma multidão para as ruas de Kerman, no sul do país.
POLÍTICA EM CHAMAS NO BRASIL
Se o Brasil já começava a pegar fogo com do novo coronavírus, Jair Bolsonaro jogou álcool. Sem assumir a liderança no combate a pandemia, o governo federal iniciou uma guerra com os governadores dos estados. Em determinado momento, o Supremo Tribunal Federal entregou às decisões referentes ao assunto aos gestores estaduais. Dentro do governo, o bicho também pegou. A saída de Sérgio Moro, nome mais badalado do corpo ministerial, foi marcado por acusações de interferência política na Polícia Federal. O intuito, segundo Moro: Proteger filhos e amigos do presidente alvos de investigações. Os pedidos de impeachment se acumularam na mesa do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e, em meio a pandemia, protestos levaram apoiadores e opositores de Bolsonaro às ruas. Durante às eleições municipais, o presidente chegou a apoiar candidatos explicitamente. Muitos deles acabaram não sendo eleitos.
MORTE DE GEORGE FLOYD UNE O MUNDO
Era pra ser apenas uma abordagem normal da Polícia de Minnesota naquele 25 de maio, mas a truculência dos quatro agentes resultou na morte de George Floyd e em uma onda de protestos contra o racismo pelo mundo. Tudo começou com uma acusação de uso de nota falsa em um supermercado. Ao ser abordado com violência e sem reagir, o homem de 46 anos foi algemado e imobilizado por Derek Chauvin com o joelho no pescoço. Ele pediu ajuda, alegando falta de ar, mas ninguém o socorreu. Após desmaiar, foi levado ao hospital, onde morreu minutos depois. Toda a ação foi filmada e as imagens correram o mundo. Os agentes foram presos e liberados meses depois, após pagarem fiança. Por dias, milhares de pessoas foram às ruas em protesto. O movimento intitulado "Black Lives Matter" (Vidas negras importam) rompeu fronteiras e se espalhou pelo mundo. Os policiais aguardam o julgamento do processo.
EXPLOSÃO CINEMATOGRÁFICA NO LÍBANO
Parecia filme, mas não era!!! A estocagem irregular de 2.750 mil toneladas de nitrato de amônio somada a um incêndio no porto de Beirute resultou em uma grande explosão ocorrida no dia 4 de agosto, no Líbano. O acidente deixou um impressionante saldo de 190 mortos, aproximadamente 6.500 feridos e cerca de 300 mil desabrigados. Vários bairros da capital libanesa foram destruídos pela força da explosão. Foram mais de 85 mil construções afetadas, entre residências, prédios, e instituições como hospitais e escolas. O governo levou semanas para fazer a limpeza das áreas atingidas. A tragédia aprofundou ainda mais a crise política pelo qual o Líbano passava. O primeiro-ministro do país, Hassan Diab, renunciou ao cargo no dia 10 de agosto e foi substituído pelo ex-embaixador libanês na Alemanha, Mustapha Adib.
ELEIÇÕES TURBULENTAS NO EUA
Babado, confusão e gritaria!!! as eleições mais tensas da história dos Estados Unidos tiveram participação maciça da população. De um lado, o republicano Donald Trump, tentando a reeleição, e do outro o democrata Joe Biden, ex-vice-presidente do país. A polarização gerou ataques de apoiadores e opositores de ambos os lados. O país teve recorde de votos realizados de forma antecipada. Trump colocou em "xeque" a credibilidade dos votos enviados pelo correio. No decorrer da campanha, o presidente foi infectado pelo coronavírus e um dos debates teve de ser cancelado. A calmaria no dia oficial de votação, 3 de novembro, não foi vista nos dias subsequentes. Isso porque a medida que os resultados apontavam a vitória do democrata, o republicano pedia recontagens e inflamava o processo com acusações de fraude. Ao final, Biden foi eleito com 302 delegados contra 232 de Trump. A posse está marcada para 20 de janeiro.
MORTE DE MARADONA COMOVE O MUNDO
A Argentina chorou com a partida do seu filho ilustre. Dias após passar por uma cirurgia no cérebro, Diego Armando Maradona morreu aos 60 anos, no dia 25 de novembro, causando comoção no mundo do futebol. Naquela tarde, enfermeiros que cuidavam do ídolo chegaram a sua casa, na cidade de Tigre, e o encontraram desacordado. Uma ambulância foi chamada, mas já era tarde. Segundo a autópsia, a morte foi causada por insuficiência cardíaca crônica aguda. O velório aconteceu na Casa Rosada, sede do governo argentino. Tumultos encerraram a despedida mais cedo. Anônimos e famosos renderam homenagens ao atleta, considerado um Deus do futebol na Argentina. Maradona foi ídolo de clubes tradicionais, como Boca Juniors e Barcelona. Na seleção do seu país fez atuações memoráveis e foi um dos heróis do título na Copa de 1986. O corpo foi enterrado no Cemitério Jardin de Bella Vista, junto aos restos mortais dos pais.
Óbvio que se cada um de nós pudesse montar uma lista com os sete principais acontecimentos do ano, elas se diferenciariam em algum ponto. Uma certeza é clara: Algum dos fatos presentes neste "Top Seven" especial estaria em cada lista dos "sobreviventes" de 2020. Vamos com tudo para o ano novo e que possamos reiniciar em todos os sentidos. Que 2021 seja um ano BEEEEEM MELHOR. Felicidades para todos nós!!!
Fontes: G1, BBC e Uol.
Fotos: Capa (Montagem / G News Blog); Coronavírus (Divulgação); Avião Irã (Ebrahim Noroozi / AP); Brasília (Divulgação); George Floyd (Reprodução); Explosão no Líbano (Mohamed Azakir / Reuters); Eleições nos Estados Unidos (Montagem / G News Blog); Maradona (AFP).
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