A “RAINHA DA CUMBIA” MORRE NO RECIFE

A cantora Mônica Carvalho morreu, aos 50 anos, na noite da sexta-feira (16), no Hospital Português. A cantora estava internada desde a última terça-feira (13), quando se sentiu mal. A saúde de Mônica estava fragilizada desde as sessões de quimioterapia, a qual foi submetida há poucos meses, devido a um câncer. Mesmo com todos os problemas de saúde, a cantora mantinha uma agenda regular de apresentações. Seu último show foi há uma semana, na cidade de Passira, interior de Pernambuco.


Terceiro disco, primeiro em cd (Foto: Edna Batista)

Durante a manhã de sábado (17), parentes, amigos e fãs passaram pelo setor de velórios do Hospital Português, onde o corpo foi velado. A decisão da família, atendendo pedido de Mônica Carvalho, foi pela cremação, prevista para à tarde do mesmo dia, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista.

Capa do quarto álbum (Foto: Everaldo Ramos)

Mônica de Carvalho Cruz nasceu em João Pessoa, mas, ainda criança, veio morar no Recife. Na capital pernambucana deu os primeiros passos na carreira artística. Participou do concurso de calouros em um programa da Tv Jornal, o “Expresso da Alegria”, e, pouco tempo depois lançou seu primeiro compacto (Lp em tamanho menor, com uma ou até duas músicas por lado). Ao todo, foram nove discos, entre inéditos e coletâneas.

"Feitiço nos Olhos" foi o quinto disco da cantora (Foto: everaldo Ramos)

Devido ao sucesso, cantando músicas no estilo “cumbia” (mistura de estilos da Colômbia e Cuba), ao qual lhe rendeu o título de “Rainha”, em solo recifense, a morena chegou a fazer uma turnê na Bolívia. A artista era uma das mais importantes do cenário musical pernambucano. Sua presença foi constante em shows populares, como o “Rádio do Povo”, promovido pela Rádio Jornal, berço da cantora. Em alguns dos seus álbuns, Mônica não só cantava como também produzia canções.

"Pra Você" também trouxe compilação de sucessos (Foto: Reprodução)

Mônica Carvalho tinha dois filhos. Um deles, Monike Carvalho, de 30 anos, começou a seguir os passos da mãe famosa. Seguir os passos literalmente, pois fazia Baking vocal nas gravações e nos shows. Com o tempo, montou sua própria banda e seguiu seu caminho, sempre orientada pela mãe.

Capa do disco Balanço Gostoso (Foto: Reprodução)

Além da carreira artística, Mônica Carvalho também foi professora e se dedicava a projetos sociais junto ao grupo espírita “Maria Dolores”, do qual fazia parte, no bairro onde residia, Barra de Jangada. Mensalmente, o grupo realiza uma manhã de atividades para pessoas carentes da localidade. A cantora sempre foi ativa em relação à causa, inclusive, nos momentos mais críticos da doença, esteve presente nos eventos promovidos.

Disco coletânea dos maiores sucessos (Foto: Reprodução)

Numa entrevista sobre o projeto do grupo “Maria Dolores”, no final de 2011, Mônica falou sobre o sentimento de ajudar o próximo. “A importância que o grupo tem é de ajudar ao próximo sem esperar nada em troca, para ver o bem estar das pessoas. Me sinto muito bem, realizada, principalmente como pessoa, como ser humano, em ver a felicidade das pessoas. Pra mim, cada domingo que nos encontramos é um acontecimento marcante.”, afirmou.

Último trabalho lançado pela cantora (Foto:Reprodução)

Junto com o pedido de ser cremada, Mônica Carvalho desejou que suas cinzas fossem jogadas no lugar mais bonito possível. Para os parentes e amigos, a missão da estrela foi cumprida, e muito bem cumprida.

Foto: Everaldo Ramos

Comentários

  1. PARABÉNS pela matéria!Homenagem mais que merecida a essa mulher guerreira que deixará muitas saudades!Mônica carvalho a eterna rainha da cumbia!!Show de bola o Blog!!

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  2. Parabéns George Luis pela matéria... gostaria de te conhecer pessoalmente!
    Monike Carvalho

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  3. TODAS AS VEZES QUE A MÔNICA VINHA EM BRASILIA FAZIA QUESTÃO DE VISITAR A RÁDIO NACIONAL DA AMAZÔNIA AQUI EM BRASILIA. DEIXOU MUITAS SAUDADES PARA NÓS. Célio Antonio - Programador Musical

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