OPINIÃO: LUÍZA VOLTOU DO CANADÁ...E O BRASIL ESTÁ INDO PRA “CUCUIA”

Lembro-me de uma imagem que me marcou muito na infância. Eram aqueles jovens que pintavam os rostos e iam para as ruas brigar pela democracia e tirar os maus políticos de cena. Com esse movimento, conseguiram destituir de seu cargo o ex-presidente Fernando Collor de Melo, que vendo a movimentação daquela juventude eufórica e decidida e sentindo que o povo não o queria mais no poder, se retirou do planalto da forma mais tranqüila do mundo. Foi cassado em seguida e teve os direitos políticos retirados por oito anos (hoje, está de volta à Brasília).

Certamente, era daqueles jovens, que sumiram no decorrer dos anos 90, que o jornalista Carlos Nascimento se referia quando disse: “Nós já fomos mais inteligentes”. Mesmo não sendo de épocas tão longínquas, vejo, através de imagens que vez ou outra são exibidas, que, de fato, aqueles jovens que peitaram a ditadura, que foram as ruas no movimento “Diretas Já” e pintaram suas caras no episódio do impeachment do Collor, não foram capazes de produzir descendentes capazes de repetir os mesmos feitos.

Uma simples frase: “Menos Luíza, que está no Canadá”, dita da mesma forma como tantas outras em peças publicitárias causar uma “comoção nacional” tão grande é de fazer-nos repensar o que são os jovens do século XXI. Podemos responder que são os espelhos daquilo que vemos em outro furor da semana passada, o “Big Brother”: Jovens que colocam a beleza e o vigor físico acima de uma consciência nacionalista, ética e de bom senso, nos oferecendo este imundo espetáculo, consumido por outra parcela da sociedade que não tem nada melhor pra fazer.

Enquanto essa lavagem cerebral constrói garotos e garotas sem um mínimo de noção de mundo, os mais espertos, de fato, vão se fazendo, metendo a mão no nosso dinheiro, empregando toda a família em seus gabinetes, bolando formas de desviar recursos públicos, enfim, fazendo seu “pé de meia”. O que esperar dessa juventude: Uma penca de filhos pra Bolsa Família, no futuro, mais bandidos pra nos assaltar e a certeza de que chegará o momento em que a displicência do povo brasileiro vai cobrar o seu valor... e será exorbitante.

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