TOP SEVEN - Apontamento de Notícias (1 a 7 de Maio)

EM DIA DO TRABALHO, DILMA ANUNCIA "PACOTE DE BONDADES"

   Em evento realizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), em comemoração ao Dia do Trabalho, no domingo (1), em São Paulo, a presidente Dilma Rousseff (Foto) anunciou um pacote voltado aos trabalhadores. O ato, promovido anualmente, não contou com a presença do ex-presidente Lula, que alegou problemas na voz. Diante de 100 mil pessoas, Dilma anunciou reajuste de 9% no "Bolsa Família", contratação de 25 mil unidades da licença paternidade de 5 para 20 dias aos funcionários públicos, liberação do Plano Safra para agricultores familiares, além da criação de um Conselho Nacional do Trabalho, formado por governo, patrões e funcionários. Ela voltou a criticar o processo de impeachment, afirmando se tratar de um golpe. Os atos da CUT e movimentos sociais aconteceram em outras cidade, inclusive Recife. O "pacote" foi criticado pela oposição, mesmo com a declaração de que a ação já estava incluída no orçamento e que não trará impacto aos cofres públicos.

JUSTIÇA BLOQUEIA WHATSAPP NOVAMENTE

   Repetindo o ocorrido em dezembro de 2015, o juiz Marcel Maia Montalvão, da Vara Criminal de Lagarto, de Sergipe, determinou as principais operadoras de telefonia do país o bloqueio por 72 horas do aplicativo de mensagem instantânea WhatsApp. A medida foi cumprida, a partir das 14h da segunda-feira (2), com base no pedido de medida cautelar da Polícia Federal endossado pelo Ministério Público. O não cumprimento de uma decisão judicial, que pedia o compartilhamento de informações, que ajudariam na investigação de uma ação criminosa envolvendo tráfico de drogas na cidade sergipana, motivou o bloqueio, cujo descumprimento por parte das operadoras custará multa de R$ 500 mil. Por este mesmo motivo, o presidente do Facebook na América Latina foi preso em março deste ano.

CHAMA OLIMPÍCA CHEGA AO BRASIL

   A lanterna com o símbolo dos jogos olímpicos aterrissou no Aeroporto de Brasília, na manhã da terça-feira (3). O fogo aceso no Templo de Hera, na Grécia, no dia 21 de abril, passou por cidades gregas e pela cidade de Genebra, na Suíça, antes de partir para o Brasil. Uma mega operação foi montada para o envio do símbolo ao país, com direito a escolta por caças da Força Aérea Brasileira (FAB). Do aeroporto, a lanterna foi levada para o Palácio do Planalto, onde a primeira pira, de milhares que farão parte da maratona, foi acesa pela presidente Dilma Rousseff. No total, a peça percorrerá 327 cidades, das cinco regiões, com revezamento de cerca de 12 mil pessoas durante o percurso, entre anônimos e famosos. A última tocha chegará ao Estádio do Maracanã no dia 5 de agosto, durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas, e acenderá a pira principal, que ficará acesa durante as duas semanas de competições. 

RELATÓRIO DE SENADOR É FAVORÁVEL AO IMPEACHMENT

   A comissão que analisa o processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff se reuniu, na quarta-feira (4), para a leitura do parecer do senador Antônio Anastasia (PMDB/MG - Foto). A sessão teve início com bate-boca entre senadores da base governista e oposicionista. A discussão acabou atrasando a leitura do relatório. No documento, o relator fez um resumo das discussões entre defesa e acusação. Enquanto governistas defendiam uma ampla defesa da presidente, a oposição afirmava que contrários ao tramite tentavam atrapalhar os trabalhos. O documento de 126 páginas, lido por quase 3 horas, deu parecer favorável ao prosseguimento do processo de impeachment. Na sexta-feira, ele foi aprovado pela comissão, por 15 votos a favor e 5 contra, e seguiu para votação no plenário, que deve acontecer no dia 11. Com a aprovação por maioria mínima no Senado, Dilma Rousseff será imediatamente afastada por 180 dias. A última etapa do processo terá entre 4 e 6 meses e deve ser feito em conjunto com a Justiça. Um laudo apontando culpa ou inocência será produzido ao final da investigação das acusações.

STF DETERMINA AFASTAMENTO DE CUNHA

   O ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, determinou, na quinta-feira (5), o afastamento do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) das suas funções. O magistrado acolheu o pedido da Procuradoria-Geral da República, sob alegação de que o presidente da Câmara estava usando o cargo para coagir testemunhas e deputados, além de retardar investigações de processos em que foi denunciado. Cunha é réu no STF por crime de corrupção e lavagem de dinheiro no esquema da Petrobras. Além disso, ele é alvo de três inquéritos abertos na corte e outros três que ainda tem a abertura analisada. O Ministério Público já havia, anteriormente, listado 11 motivos para a retirada do deputado, entre eles, estariam casos de abuso de poder e retaliação contra quem fosse contra seus interesses. A noite, após a votação no plenário do STF que confirmou a suspensão por unanimidade, o deputado deu uma entrevista coletiva em que classificou o afastamento como "Decisão Política". Em seu lugar, assumiu o, também investigado na operação "Lava Jato", deputado Waldir Maranhão (PP/MA - Foto).

CRISE DA MERENDA TEM DOIS CAPÍTULOS EM SP

   A Polícia, cumprindo mandado de reintegração de posse emitida pela justiça, na sexta-feira (6), retirou alunos que ocupavam o Centro Paula Souza, na região central de São Paulo, desde o dia 28 de abril . Os estudantes reivindicavam o fornecimento de merenda. A administração da instituição afirmou que a alimentação era oferecida, mesmo assim, os jovens mantiveram a ocupação. Após a retirada de todos, os jovens fecharam a Avenida Tiradentes, em frente Etesp (Escola Técnica de São Paulo). Ninguém foi detido. No mesmo dia, jovens que tomaram a Assembleia Legislativa de São Paulo montaram uma força-tarefa - Pois haviam recebido ordem para deixar o local em 24 horas, na tarde da quinta-feira - colhendo assinaturas de deputados estaduais para abrir a CPI da Merenda, que investiga o esquema de desvio de recursos. A União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE), que organizou a ação, foi notificada de que se não deixassem o local até o fim da tarde, receberiam multa de R$ 30 mil por cada estudante.

ADVOGADOS QUESTIONAM DENÚNCIA CONTRA SENADORA E MARIDO

   Rodrigo Mudrovitsch e Verônica Sterman divulgaram nota, no sábado (7), em que afirmaram estarem inconformados com a denúncia oferecida ao Supremo Tribunal Federal, pelo procurado-geral da República, Rodrigo Janot, contra a senadora Gleisi Hoffmann e o marido dela, o ex-ministro do Planejamento do Governo Lula, Paulo Bernardo. Os dois já haviam sido indiciados pela Polícia Federal por participação no esquema de corrupção da Petrobras. O inquérito policial concluiu que ambos embolsaram R$ 1 milhão, provenientes do pagamento de propina, e que a quantia foi investida na campanha de Hoffmann ao Senado em 2010. Segundo a PF, o dinheiro foi solicitado por Bernardo ao ex-diretor de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa. A operação de repasse foi coordenada pelo doleiro Alberto Youssef. Ainda não existe data fixada para analise da denúncia. 

Fontes: Estado de São Paulo, G1, Terra, Folha de São Paulo, Uol, R7.
Fotos: Dilma Rousseff (Extraída do site "Jovem Pan"); Antônio Anastasia (Pedro França); Waldir Maranhão (Extraída do site "Cidade Verde").

Comentários